Dra. Carolina Brites, infectologista pediátrica, reforça a importância da conscientização no Setembro Laranja
A obesidade
infantil tem se tornado um dos desafios de saúde pública mais sérios do século
XXI, segundo a Dra. Carolina Brites, infectologista pediátrica. No contexto da
campanha Setembro Laranja, promovida pela Sociedade Brasileira de Pediatria, a
médica destaca a importância de sensibilizar tanto a comunidade médica quanto a
população em geral sobre a necessidade de práticas alimentares saudáveis e da
promoção de atividades físicas para as crianças, tanto em casa quanto nas
escolas.
"As estimativas
da World Obesity Federation (WOF) e da Organização Mundial da Saúde (OMS),
publicadas no Atlas Mundial da Obesidade de 2019, indicam que, em 2020, 158
milhões de crianças de 5 a 19 anos já estavam com obesidade no mundo. Esse
número pode chegar a 206 milhões em 2025 e 254 milhões em 2030", alerta a
médica.
De acordo com a
Dra. Carolina, entre os fatores de risco para o aumento do peso em crianças
estão as rotinas familiares interrompidas, desregulação do sono, redução na
atividade física, aumento do tempo de tela e maior acesso a lanches não
saudáveis. Além disso, o acesso menos consistente a refeições com porções
adequadas nas escolas também agrava o problema. "Não é apenas o ganho de
peso que preocupa, mas as comorbidades associadas, como hipertensão, diabetes
tipo 1 e comprometimentos articulares pelo excesso de peso", explica a
infectologista.
A Dra. Carolina
também enfatiza que as consequências da obesidade infantil não se limitam às
condições clínicas. "Há uma forte repercussão mental e social, como
bullying e depressão, que podem impactar psicologicamente e socialmente as
crianças, prejudicando seu desenvolvimento", afirma.
Estudos mostram
que crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade têm uma grande
probabilidade de permanecer obesos na fase adulta, o que aumenta o risco de
desenvolver doenças crônicas em uma idade precoce, como diabetes e doenças
cardiovasculares. Por isso, a médica reforça a importância de uma abordagem
preventiva. "A prevenção deve ser prioridade. A melhor estratégia é
promover um estilo de vida saudável, com foco na melhoria dos hábitos
alimentares e na prática regular de atividades físicas", ressalta.
A infectologista também destaca a importância da avaliação nutricional estruturada, da orientação sobre comportamentos sedentários e da higiene do sono como ferramentas essenciais na prevenção da obesidade infantil. "Prevenção sempre!", conclui a Dra. Carolina Brites, reforçando o papel fundamental das ações educativas e preventivas para garantir uma infância mais saudável e evitar complicações futuras.
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