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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Mpox pode ser sexualmente transmissível? Especialista explica como doença funciona e importância de cuidados

Imagem: reprodução
Aumento do número de casos tem chamado atenção mundial e reforçado precauções

 

Apesar de ter sido identificada pela primeira vez em 1970 na República Democrática do Congo, a mpox ganhou foco mundial nos últimos meses, após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar o atual surto na África como uma emergência de saúde pública global. Também conhecida como varíola dos macacos, ela é uma doença infecciosa e altamente contagiosa, mas será que pode ser sexualmente transmissível? 

De acordo com a sexóloga da Rilex, Li Rocha, por ser uma doença viral, a mpox pode ser transmitida pelo contato direto através da pele infectada ou por outras lesões. “A Mpox é sexualmente transmissível e o vírus pode se espalhar por qualquer contato próximo, ou seja, pelos beijos, toques, sexo oral, penetração vaginal, anal e pelas gotículas respiratórias provenientes do contato prolongado com uma pessoa infectada”, explica a especialista. 

Segundo a OMS, pessoas que fazem sexo com múltiplos ou novos parceiros correm ainda mais risco de serem infectadas. O que ainda não se sabe é se o vírus pode ser transmitido pelo sêmen ou por fluidos vaginais. “A recomendação continua sendo que qualquer pessoa com sintomas da doença, como febre alta, lesões e erupções na pele, evite ter relação sexual ou qualquer outro tipo de contato próximo e íntimo com outras pessoas. Além disso, embora não ofereçam proteção completa contra MPox, preservativos podem reduzir o risco de transmissão ao minimizar o contato com lesões nos órgãos genitais ou fluidos corporais. É importante lembrar também que no caso da mpox, as erupções cutâneas podem surgir em locais pouco visíveis, como boca, garganta, genitais e região anal”, afirma a especialista. 

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, de janeiro a agosto deste ano, o Brasil registrou 945 casos confirmados ou prováveis de mpox, o número supera o total de 853 casos notificados ao longo do ano passado. Para Li Rocha, o aumento reforça ainda mais a importância dos cuidados diários. “Como ainda não existe um remédio específico para mpox e a vacina está sendo liberada apenas para alguns grupos é importante, além de evitar o contato com os pacientes infectados, higienizar as mãos da maneira correta, utilizar máscara e deixar o ambiente muito ventilados”, conclui a especialista.

 


Rilex
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