Na
tarde desta quarta-feira, 11, durante o 56º Congresso Brasileiro de Patologia
Clínica e Medicina Laboratorial, em Salvador, o Dr. Roberto Herai, um dos
maiores especialistas em bioinformática e genômica no Brasil, apresentou os
mais recentes avanços em pesquisas e ferramentas de suporte para o diagnóstico
do Transtorno do Espectro Autista (TEA), abordando como testes genéticos simples
podem melhorar o diagnóstico e o tratamento das comorbidades associadas à
condição.
O TEA é uma condição multifatorial, influenciada por aspectos genéticos e
ambientais, que afeta a comunicação, interação social e causa alterações
comportamentais. Dr. Herai, conduziu conferência intitulada “Transtornos do
espectro autista (TEA): Ferramentas de suporte para o diagnóstico genético,
citogenético e molecular”, explicando como os testes genéticos podem auxiliar
no diagnóstico e tratamento mais assertivo do autismo e suas comorbidades, como
ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH).
Embora o diagnóstico de TEA seja principalmente clínico, Dr. Herai destaca que os testes genéticos podem identificar variações associadas ao autismo, além de condições genéticas que apresentam sintomas semelhantes, como Síndrome de Rett e Síndrome do X Frágil. "Os testes genéticos podem ser realizados em qualquer idade e ajudam tanto no diagnóstico quanto no tratamento de condições associadas ao TEA, como distúrbios gastrointestinais e do sono", explicou o especialista.
Simples e acessíveis, os testes genéticos utilizam amostras de sangue, mucosa bucal ou saliva. Segundo o especialista, tais exames são fundamentais para identificar mutações que afetam o funcionamento celular, oferecendo caminhos mais precisos para o diagnóstico precoce e o tratamento personalizado dos pacientes.
SBPC/ML - Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial
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