Iniciativa pode
beneficiar mais de 6,5 milhões empreendimentos em todo o país. Sebrae orienta a
calcular antes a capacidade de pagamento para sanar as dívidas
A partir desta segunda-feira (13), os pequenos
negócios que têm débitos bancários anteriores a 23 de janeiro podem procurar
uma renegociação com as instituições financeiras. É que o programa Desenrola
para pequenos negócios, do governo federal, começa a valer em todo o país. A
iniciativa beneficiará Microempreendedores Individuais (MEI), microempresas
(ME) e empresas de pequeno porte (EPP) com faturamento até R$ 4,8 milhões. A
ação faz parte do Programa Acredita, do qual o Sebrae é parceiro como avalista
na tomada de crédito por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas
(FAMPE).
“Recebemos essa notícia com muito entusiasmo porque
representa um recomeço para milhões de brasileiros e brasileiras. Os pequenos
negócios vêm sofrendo com o endividamento resultante de um cenário de juros
altos, com taxas que comprometeram a estabilidade financeira e impedem o
crescimento”, comentou o gerente de Capitalização e Serviços Financeiros do
Sebrae, Antônio Valdir Oliveira. “São 6,5 milhões de micro e pequenos
empreendedores que se inviabilizaram economicamente porque não tiveram, no
governo anterior, a proteção do Estado”, completou o gerente do Sebrae.
Para participar, os donos de pequenos negócios
devem entrar em contato pelos canais oficiais de atendimento da instituição
financeira (agências, internet ou aplicativo) e solicitar a renegociação das
dívidas por meio do programa. A expectativa é de que os descontos nos débitos
variem entre 40% e 90% do valor total. Caso o banco não ofereça condições de
renegociar, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sugere que os empreendedores
façam a portabilidade da dívida para outra instituição.
A Febraban aconselha ainda a não aceitar propostas
que estejam sujeitas a envio de valores a quem quer que seja, com a finalidade
de garantir melhores condições de renegociação das dívidas. De acordo com a
entidade, somente após a formalização de um contrato de renegociação é que o
cidadão pode ter os valores debitados de sua conta, nas datas acordadas.
De acordo com o coordenador de Educação Financeira
do Sebrae, Augusto Togni, deixando de ser inadimplentes, essas empresas voltam
a poder tomar crédito, para gerar empregos, renda e contribuir para o
crescimento do país. “A possibilidade de renegociação por meio do Desenrola
abre uma porta para que as empresas recuperem o fôlego e possam reestruturar
suas finanças, retomando o investimento em melhorias e no fortalecimento do
negócio”, destacou.
Para isso,
Togni orienta os empreendedores a procurarem a ajuda do Sebrae por meio da
página do Crédito
Consciente, que disponibiliza uma calculadora para aferir a situação
financeira atual, dimensionar o tamanho da dívida, e compreender quais serão as
condições disponibilizadas pelo programa. “O planejamento financeiro é
fundamental para esse processo. Com o apoio do Sebrae, eles terão mais
segurança e consciência de qual é o caminho mais adequado para garantir o
pagamento em curto prazo e tirar o negócio de uma situação de inadimplência”,
explicou.
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