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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Nefrectomia total: como é realizada e quais os seus riscos?

 

A nefrectomia total, quando realizada no contexto do câncer renal, é um procedimento cirúrgico complexo e estratégico que visa não apenas a remoção do rim afetado pelo tumor, mas também a prevenção da disseminação do câncer para outras áreas do corpo. 

De acordo com o urologista, Dr. José Roberto Colombo Jr., antes da cirurgia, o paciente passa por uma avaliação completa para garantir que esteja em condições adequadas para o procedimento. Exames de imagem, como a tomografia computadorizada, são frequentemente utilizados para mapear detalhadamente o tumor e orientar a equipe médica durante a intervenção. 

Durante o procedimento, o paciente recebe anestesia geral para garantir conforto e ausência de dor. Uma incisão é feita na região abdominal para permitir o acesso à área do rim afetado. O rim comprometido é então isolado, com cuidado para evitar a disseminação de células cancerígenas durante a remoção. A equipe cirúrgica realiza a remoção completa do rim, incluindo o tecido circundante se necessário, para garantir a remoção eficaz do câncer. Após a remoção do rim, as camadas de tecido e a incisão abdominal são cuidadosamente fechadas. 

“A nefrectomia total, como qualquer procedimento cirúrgico, apresenta alguns riscos potenciais. Estes incluem complicações anestésicas, sangramento excessivo, infecções, lesão de órgãos adjacentes, complicações respiratórias, formação de coágulos sanguíneos e insuficiência renal a longo prazo. No entanto, é importante observar que a maioria dos pacientes submetidos a esse procedimento não experimenta complicações significativas, e os riscos são geralmente gerenciáveis com cuidados pré e pós-operatórios adequados”, explica o doutor. 

O tempo de repouso após uma nefrectomia total pode variar de pessoa para pessoa, dependendo de vários fatores, incluindo a complexidade da cirurgia, a condição de saúde do paciente e a abordagem cirúrgica utilizada. Geralmente, é recomendado um período de hospitalização inicial seguido por um período de repouso em casa. A retomada gradual das atividades normais é aconselhada, com acompanhamento médico regular para monitorar a recuperação.

Em conclusão, a nefrectomia total representa uma abordagem importante para conter a propagação do câncer renal e preservar a saúde dos pacientes. A introdução da tecnologia robótica tem contribuído para aprimorar a execução desse procedimento, oferecendo benefícios como menor sangramento, incisões mais pequenas e uma recuperação mais rápida. No entanto, a escolha entre abordagens cirúrgicas deve ser cuidadosamente considerada, levando em conta as características individuais de cada paciente. 



Dr. José Roberto Colombo Jr. - Coordenador Executivo da Pós-Graduação de cirurgia robótica em Urologia e médico referência do Epicentro de Cirurgia Robótica em Urologia do Hospital Israelita Albert Einstein.


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