No Dia Nacional do Livro Didático, a gerente pedagógica da plataforma par, Talita Fagundes, explica os benefícios da sinergia entre materiais físicos e digitais na formação dos estudantes
Dia 27 de
fevereiro é celebrado o Dia Nacional do Livro Didático, que
busca enfatizar o papel fundamental desse instrumento que funciona como guia
para educadores e oferece conhecimentos essenciais para o dia a dia dos
estudantes. Além disso, a data é uma oportunidade para refletir sobre as
vantagens de equilibrar o uso dos materiais didáticos digitais e físicos em
sala de aula.
“Há momentos em
que o aluno precisa de um suporte físico para escrever, calcular e registrar
conteúdos, mas há outros em que a tecnologia permite que se vivencie uma
experiência personalizada de aprendizagem, auxiliando no desenvolvimento do
protagonismo do estudante”, explica Talita Fagundes, gerente pedagógica da plataforma par, solução
educacional da SOMOS Educação.
Devido à falta de
conhecimento sobre os benefícios do uso de tecnologias e materiais didáticos
digitais em sala de aula, ainda existe receio por parte de equipes escolares.
De acordo com Talita, cabe aos educadores e coordenadores planejarem o uso
dessas fontes e recursos com intencionalidade pedagógica, de modo a garantir um
processo de ensino de qualidade e uma aprendizagem significativa aos alunos.
“Com livros
digitais e todos os seus recursos, o professor adquire ferramentas que permitem
que a aula seja cada vez mais rica e carregada de metodologias ativas,
estratégias que têm por objetivo incentivar o estudante a aprender de forma
autônoma e participativa”, afirma Talita. “Além disso, o docente passa a ter
possibilidades de personalizar o ensino, considerando as especificidades de
cada turma e aluno”, diz a especialista.
Panorama de livros didáticos digitais
O mercado
editorial de materiais didáticos vem gradativamente se pautando em estudos e
pesquisas educacionais para produzir conteúdo em formatos que beneficiem os
processos de ensino e aprendizagem. Essa produção tem contado com equipes
multidisciplinares não somente de autores, como também das áreas editoriais e
tecnológicas, que buscam garantir que os alunos tenham recursos que os
possibilitem evoluir em seu desempenho acadêmico e sejam cada vez mais
protagonistas do processo de estudo.
Neste contexto, a
tecnologia tem permitido que, além do rigor acadêmico e conceitual já
conhecidos, os livros didáticos tenham linguagens mais atrativas e mais
próximas dos alunos, fazendo com que o aprendizado seja mais significativo. “Os
livros digitais em HTML, em geral, contam com Objetos Educacionais Digitais em
diferentes formatos, abrangendo vídeos, jogos e infográficos animados”, explica
Talita. “Devido à interatividade e multimodalidade, as opções digitais podem
aumentar o interesse do aluno, que se vê diante da possibilidade de estudar com
games ou simuladores virtuais”, exemplifica.
Dia
Nacional do Livro Didático
Durante 63 anos, o
órgão público responsável pela política nacional das bibliotecas e do livro no
país foi o Instituto Nacional do Livro (INL). No mesmo ano de sua fundação, em
1929, o Instituto criou o Dia Nacional do Livro Didático como forma de
legitimar esse instrumento de aprendizagem e auxiliar na sua produção.
Porém, foi apenas
em 1934 que o INL iniciou de fato sua atuação, elaborando um dicionário
nacional, uma enciclopédia e aumentando o número de bibliotecas públicas no
país. A iniciativa fazia parte do projeto político nacionalista do primeiro
governo de Getúlio Vargas, que buscava utilizar a cultura como ferramenta para
buscar apoio da população – até então, as bibliotecas predominantes eram
religiosas, com público restrito.
No decorrer das
décadas, o cenário do livro didático no Brasil foi acompanhando as mudanças
vividas no contexto amplo da educação brasileira, a depender de cada governo.
Somente a partir de 1997 a produção e distribuição massiva de livros didáticos
ocorreu no país, quando a política de execução do Programa Nacional do Livro
Didático (PNLD) foi transferida integralmente para o Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE). De acordo com os dados mais recentes do Anuário Abrelivros, cerca de 206 milhões de livros
didáticos foram distribuídos pelo Programa Nacional do Livro Didático em 2022.
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