As empresas têm
um papel importante no combate à dengue, um dos principais problemas de saúde
pública do País. Já são mais de 740 casos prováveis e quase 100 óbitos
confirmados
O Ministério da Saúde divulgou que o Brasil registrou, até 23/02, 740.942 casos prováveis de dengue, com 151 mortes
confirmadas pela doença e incidência de 364,9 casos por 100 mil habitantes. Segundo os dados do Painel de Monitoramento das
Arboviroses, o Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Acre, Paraná e
Espírito Santo são os estados com mais casos.
Além de ser um dos principais problemas de saúde
pública no País no momento, os casos de dengue também afetam as empresas.
Para Dr. Ricardo Pacheco, presidente da ABRESST -
Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho e da Oncare
Saúde as empresas precisam estar atentas para que suas instalações não se
transformem em berçários para os mosquitos, transmitindo a doença para os
trabalhadores, fornecedores e visitantes. “É importante observar, contudo, que
não há dispositivos legais que atribuam dolo à empresa caso um funcionário
contraia dengue em suas dependências. A Norma Regulamentadora
NR-7 determina apenas que a companhia é responsável por prevenir, rastrear
e diagnosticar precocemente os agravos à saúde relacionados ao trabalho. Há
casos, porém, que ultrapassam as questões trabalhistas e se tornam uma situação
de bem-estar coletivo. A luta contra a dengue é uma delas”, ressalta o médico.
O papel das empresas no combate à dengue e ações a
serem adotadas para que não se transformem em criadouros do mosquito
As empresas têm um papel importante no combate à
dengue, principalmente porque muitas vezes seus ambientes podem se tornar
locais propícios para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da
doença.
Elas podem contribuir para a redução do impacto da
dengue na comunidade e promover uma cultura de responsabilidade social
corporativa e cuidado com o bem-estar da sociedade em geral.
Algumas ações devem ser
adotadas para evitar que se tornem criadouros da dengue e contribuam para seu
combate, como destaca o Dr. Ricardo Pacheco:
·
Realizar
a limpeza e manutenção regular de seus espaços – para eliminar
possíveis criadouros, removendo qualquer água parada que possa se acumular em
recipientes como vasos de plantas, calhas, caixas d'água, pneus velhos, entre
outros. “É importante estar sempre atento para identificar e
eliminar ativamente qualquer local que possa servir para o mosquito se
proliferar”.
·
Educar
e conscientizar - promover a conscientização entre os trabalhadores
sobre a importância de evitar o acúmulo de água parada e sobre as medidas
preventivas contra a dengue é fundamental. “Essa ação tem impactos extramuros,
ou seja, é praticada também nos lares dos trabalhadores, ampliando o combate à
dengue”.
·
Instalar
telas e proteções – para evitar a entrada de mosquitos nas instalações da
empresa. “Medida simples, de baixo custo e de alta eficiência”.
·
Manter
a atenção às áreas verdes - se a empresa possuir áreas verdes, é
importante manter a vegetação aparada e livre de acúmulos de água. “Além de
utilizar inseticidas ou medidas biológicas para controlar a população de
mosquitos”.
·
Incentivar
o uso de repelentes e inseticidas – em ambientes fechados, é
possível fazer uso controlado de inseticidas para evitar que mosquitos
transmissores apareçam. “É preciso observar apenas as especificações do
produto, adequando-o ao fluxo de pessoas, à quantidade de vetores no local e ao
tamanho do cômodo. Já o uso de repelentes é efetivo tanto em ambientes internos
quanto externos, com destaque para os que possuem UVA e UVB em suas fórmulas”.
·
Realizar
campanhas de prevenção - promover campanhas de conscientização não
apenas entre os funcionários, mas também entre clientes, fornecedores e a
comunidade local, incentivando a participação de todos na prevenção da doença.
“Unir forças para prevenir a infestação é melhor que lamentar depois os doentes
afastados”.
·
Monitorar
e controlar - implementar sistemas de monitoramento para
identificar possíveis focos do mosquito e adotar medidas de controle
rapidamente. “Não dá para baixar a guarda para o mosquito transmissor, é
preciso vigilância constante para manter o ambiente livre da dengue e as
pessoas seguras”.
“É preciso deixar claro que o
engajamento e a colaboração de todos os setores da sociedade são fundamentais
para reduzir a incidência dessa doença. Combater a dengue é um esforço
coletivo, então todos precisam ficar atentos a possíveis criadouros de
mosquitos. Seguindo essas dicas, a empresa faz sua parte para prevenir a
doença”, completa o presidente da ABRESST, Dr. Ricardo Pacheco.
ABRESST - Associação Brasileira de Empresas de
Saúde e Segurança no Trabalho
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