Segundo levantamento da entidade, são mais de R$ 135,5 bilhões em investimentos acumulados e cerca de 3,4 milhões de unidades consumidoras atendidas pela modalidade
Sistemas
solares em telhados e pequenos terrenos ajudam a reduzir custos para todos os
consumidores brasileiros de energia elétrica, com economia líquida na conta de
luz de todos de mais de R$ 84,9 bilhões até 2031, segundo estudo da consultoria
Volt Robotics
A geração própria de energia
solar acaba de ultrapassar a marca de 27 gigawatts (GW) de potência instalada
em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos
no Brasil, com mais de 3,4 milhões de unidades consumidoras atendidas pela
tecnologia fotovoltaica. O dado é da Associação Brasileira de Energia Solar
Fotovoltaica (ABSOLAR).
Segundo mapeamento da entidade, o País possui mais de 2,4 milhões de sistemas
solares fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos.
Desde 2012, foram cerca de R$ 135,5 bilhões em novos investimentos, que geraram
mais de 810,6 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as
regiões do Brasil, e representam uma arrecadação aos cofres públicos de R$ 32,7
bilhões.
A tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.545 municípios e em todos os
estados brasileiros. A geração própria de energia solar em telhados, fachadas e
pequenos terrenos ajuda a reduzir custos para todos os consumidores de energia
elétrica no País. Ao calcular os custos e benefícios da chamada geração
distribuída, estudo recente da consultoria especializada Volt Robotics,
encomendado pela ABSOLAR, concluiu que a economia líquida na conta de luz de
todos os brasileiros é de mais de R$ 84,9 bilhões até 2031.
De acordo com o estudo, os benefícios líquidos da geração distribuída equivalem
a um valor médio de R$ 403,9 por megawatt-hora (MWh) na estrutura do sistema
elétrico nacional (fonte: Volt Robotics, 2023), ante a uma tarifa média
residencial de R$ 729 por MWh (fonte: Aneel, 2023) no País.
O objetivo do estudo foi calcular os custos e benefícios da microgeração e da
minigeração distribuída, de acordo com o artigo 17 da Lei nº 14.300, de 6 de
janeiro de 2022, que estabeleceu o marco legal do segmento.
Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, com
a energia solar, o País pode, em pouco tempo, tornar a matriz elétrica
brasileira ainda mais limpa e renovável. “Embora as 3,4 milhões de unidades
consumidoras abastecidas com energia solar distribuída sejam motivo de
comemoração, há ainda muito espaço para crescer, já que o Brasil possui cerca
de 92,4 milhões de unidades consumidoras de energia elétrica no mercado
cativo”, comenta.
“Devemos seguir o exemplo de países mais desenvolvidos nesta área, em especial
a Austrália, que, com boas políticas públicas, tornou-se referência global no
uso da energia solar em residências e empresas, com cerca de um entre três
unidades consumidoras naquele país atendidas por sistemas fotovoltaicos”,
ressalta Koloszuk.
Já o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, aponta que o crescimento da geração
própria de energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das
famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros. “A
geração própria instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos,
diretamente nos centros urbanos e de consumo, ajuda a fortalecer e traz mais
resiliência à rede elétrica, ao concentrar a geração de eletricidade próximo
dos locais de consumo. Isso reduz o uso da infraestrutura de transmissão,
aliviando pressões sobre sua operação e diminuindo perdas em longas distâncias,
o que contribui para a confiabilidade e a segurança em momentos críticos”,
explica.
“A fonte solar é, portanto, uma alavanca para o desenvolvimento social,
econômico e ambiental do País. O crescimento da geração própria da energia
fotovoltaica também amplia a atração de capital e impulsiona a geração de mais
emprego e renda aos brasileiros”, conclui Sauaia.
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