Efeitos negativos
do coquetel incluem úlcera, vômitos, palpitação, hipoglicemia, cefaleia e
hipotensãoCombinação de álcool e medicamentos
pode ser extremamente perigosa
Alexas Fotos – Pixabay
Ai, ai, ai, tá chegando a hora. Às vésperas do
carnaval, especialistas alertam os foliões para os riscos de consumir bebidas
alcoólicas junto com medicamentos. Se você é daqueles que passam a mão na saca,
saca, saca-rolha e bebem até se afogar, cuidado. O consumo de remédios
associados ao álcool pode trazer uma série de efeitos negativos, e você pode
chegar à quarta-feira – com o perdão do trocadilho – em cinzas.
A farmacêutica da rede de drogarias Farmais, Dafne
Cristina Lopes Estevão, alerta que em alguns casos a combinação de álcool e medicamentos
pode ser extremamente perigosa. “Quando falamos de medicamentos isentos de
prescrição, é importante que o paciente consulte a bula e peça orientação
ao farmacêutico”, orienta a especialista.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o
consumo médio anual de álcool por pessoa no Brasil é de oito litros, acima da
média internacional de 6,4 litros. Durante o carnaval, esse consumo tende a
aumentar ainda mais. O problema é que o álcool pode interagir com diversos
tipos de medicamentos, reduzindo ou anulando seu efeito, além de sobrecarregar
o fígado e aumentar o risco de diversos problemas de saúde.
“Combinar álcool e paracetamol pode aumentar
o risco de toxicidade no fígado, hepatite medicamentosa e provocar uma grave
inflamação no fígado”, exemplifica Dafne, da Farmais. “Álcool e dipirona podem
potencializar o efeito da bebida alcoólica. E álcool e ácido acetilsalicílico
elevam o risco de sangramentos no estômago, uma vez que a combinação irrita a
mucosa estomacal.”
Devagar, devagarinho...
Antes de cair no samba, os foliões que fazem uso de
remédios precisam estar cientes dos riscos da combinação com álcool. Por isso,
a recomendação é de que o paciente converse com seu médico antes de
começar a tomar qualquer medicamento e informe ao profissional sobre o
eventual consumo de bebidas alcoólicas.
Em geral, a orientação é que se evite o consumo de
bebidas alcoólicas associado a medicações. Para não ficar em dúvida,
recomenda-se a leitura da bula dos medicamentos – a maioria delas informa
sobre os perigos da combinação de álcool e medicamentos.
Além dos riscos mencionados, misturar álcool e
medicamentos também pode causar outros problemas, como
sonolência, tontura, perda de coordenação motora e dificuldade de
concentração. Para quem for beber, a dica é beba com moderação, evitando
misturar diferentes tipos de bebidas alcoólicas.
Quem sabe, sabe...
O que a combinação de álcool e
remédios pode causar:
- Hepatite
medicamentosa:combinação de álcool e paracetamol
- Potencialização
do efeito do álcool:combinação de álcool e dipirona
- Sangramentos
no estômago:combinação de álcool e ácido acetilsalicílico
- Vômitos,
palpitação, cefaleia, hipotensão, dificuldade respiratória e até morte:combinação de álcool e
antibióticos
- Úlcera
gástrica e sangramentos:combinação de álcool e anti-inflamatórios
- Aumento
das reações adversas e do efeito sedativo, além de diminuição da eficácia
dos remédios:combinação de álcool e antidepressivos
- Aumento
do efeito sedativo, risco de coma e insuficiência respiratória:combinação de álcool e
calmantes (ansiolíticos)
- Tontura,
vertigem, fraqueza, síncope e confusão:combinação de álcool e
inibidores de apetite
- Hipoglicemia:combinação de álcool e
insulina
- Aumento
dos efeitos colaterais e risco de intoxicação, somado à redução da
eficácia contra as crises de epilepsia:combinação de álcool e
anticonvulsivantes
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