Um acidente em uma fase mais avançada da vida pode ser prejudicial e irreversível para a saúde
Quedas são um problema de saúde pública que afeta milhões de
pessoas em todo o mundo. No Brasil, estima-se que cerca de 15% dos idosos
experimentem quedas anualmente, com 3% sofrendo lesões graves. Por esse motivo,
é crucial adotar medidas preventivas para garantir a segurança e o bem-estar
destas pessoas.
Gabriel Oliveira, médico geriatra e professor de Medicina da
Universidade Anhembi Morumbi/Inspirali, explica que diversos fatores podem
aumentar o risco de quedas em idosos. "As principais causas estão
associadas a alterações físicas e cognitivas relacionadas ao envelhecimento,
doenças crônicas como osteoporose, artrite e doenças cardiovasculares, e um
ambiente doméstico inseguro. Por isso, todos que convivem com idosos devem
estar atentos não apenas à sua saúde, mas também ao lar".
Segundo o especialista, para prevenir quedas, é essencial adotar
medidas que atuem sobre esses fatores de risco. Algumas dicas incluem:
- Manter o corpo ativo e saudável, estimulando a prática
de exercícios regulares para melhorar força, equilíbrio e coordenação
motora, fatores essenciais para prevenir quedas, além de promover a
autoestima e autonomia do idoso. A prática de exercícios deve ser sempre
orientada por um profissional de saúde, que irá avaliar as condições
físicas do idoso e indicar as atividades mais adequadas;
- Tomar medicamentos com cautela, discutindo com o médico
os possíveis efeitos colaterais dos remédios administrados;
- Criar um ambiente doméstico seguro, removendo ou
corrigindo obstáculos que possam causar quedas, como tapetes soltos,
móveis mal colocados e escadas sem corrimão, além de manter passagens
livres de obstáculos e investir em ambientes bem iluminados. É importante
estar atento à presença de animais de estimação no lar, que também podem
representar um risco de queda.
Quanto à prevenção de acidentes fora do lar, Oliveira destaca que
também existem medidas para minimizar os riscos. "Na rua é um pouco mais
difícil, pois estamos em um lugar que não temos total autonomia. Por isso, é
importante usar sapatos firmes nos pés, evitar saltos altos, modelos com sola
escorregadia ou chinelos de dedo. Manter a atenção durante todo o trajeto é
crucial para antecipar e evitar obstáculos na calçada. Também é importante
estar atento à presença de buracos, valetas e outros obstáculos na calçada, que
podem causar quedas."
Para pessoas com dificuldade de locomoção, o geriatra pode
recomendar o uso de bengalas, andadores ou outros dispositivos de segurança,
adaptados ao caso específico.
O que fazer em caso de queda?
O geriatra destaca a extrema importância de entrar em contato com
o serviço médico de emergência ao identificar o acidente. "Mesmo que não
haja sinais de lesões aparentes, é necessário encaminhar o idoso ao serviço
médico emergencial, onde exames complementares podem verificar fraturas e
investigar a causa da queda quando não relacionada a fatores externos, além de
avaliar a possibilidade de futuros acidentes”.
A melhor prevenção contra esse tipo de intercorrência está na
atenção contínua e cuidado, mantendo vigilância.
Universidade Anhembi Morumbi
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