Em todo o mundo 15% dos casais são inférteis, isso representa que a cada cinco casais, um é considerado infértil. Se você não sabe o que é a doença, o que causa, como identificar, tratar e outras informações, o especialista em reprodução humana, Dr. Nilo Frantz, responsável técnico da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, nos ajudará a esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto.
Frantz afirma que é considerada infértil uma pessoa ou o casal que no período de 12 meses não consegue chegar a uma gestação tendo relações sexuais regularmente sem métodos contraceptivos, mas em casos de mulheres com mais de 35 anos, o tempo cai para 6 meses.
“A doença atinge 15% dos casais em idade reprodutiva. Devido à tendência em deixar para engravidar mais tarde, alguns estudos já apontam para uma taxa de 20%”, afirma Frantz.
A infertilidade tem dois diferentes tipos: a primária e a
secundária.
“A primária é diagnosticada quando um casal está querendo ter
filhos pela primeira vez e não consegue chegar ou manter uma gravidez após 12
meses de tentativas. Enquanto a secundária é quando casais que já têm pelo
menos um filho não conseguem engravidar novamente ou sustentar uma gravidez até
o nascimento do bebê”, explica Frantz.
Causas e influências
É estimado que 15% dos casais em idade reprodutiva enfrentem problemas para engravidar, podendo ter causas masculinas, femininas ou em ambos.
Segundo Frantz, as principais causas femininas que contribuem para a infertilidade são a endometriose, a síndrome dos ovários policísticos, comprometimento das trompas e idade avançada.
Já nos homens, a obstrução dos canais ejaculatórios por infecções ou vasectomia, distúrbios que tenham afetado os testículos na infância, diminuição na quantidade ou na motilidade dos espermatozoides e outros.
Também existem fatores como a qualidade de vida, estresse, fumo, álcool, alterações de peso e dieta, doenças pré existentes ou doenças que surjam ao longo da vida como o câncer, que podem fazer com que uma pessoa fique infértil.
Vale ressaltar que um estudo feito pela Medical College of Georgia, nos EUA, trouxe informações importantes de que 17% das mulheres que participaram do estudo e que apresentaram uma infertilidade inexplicável tinham variantes genéticas que poderiam causar doenças como o câncer no futuro.
Já era sabido que a infertilidade tinha ligações com doenças, mas
ainda não havia sido descoberto que a infertilidade poderia ser um sinal de que
essa pessoa poderia ter uma grave doença no futuro.
Como identificar
Se você está suspeitando ser infértil, o primeiro passo é procurar
um especialista e explicar o seu caso. Com isso, alguns exames serão pedidos e
após os resultados será possível chegar a um diagnóstico ou prolongar a
investigação.
“Para as mulheres são pedidos exames como dosagem hormonal,
ultrassonografia transvaginal, contagem de hormônio anti-mulleriano, biópsia de
endométrio e entre outros. Já para os homens, o espermograma e teste hormonal
são os principais, mas também existem outros”, explica Frantz.
Tratamentos de reprodução humana
Após a identificação do problema, se não houver um resultado satisfatório com outros tipos de tratamentos para reverter o quadro, pode-se utilizar alguns métodos de tratamentos reprodutivos, segundo Frantz, entre eles estão:
Fertilização in vitro (FIV): Processo em que a fertilização dos
gametas é feita em laboratório. Os pré-embriões são transferidos para o útero
da mãe, onde será desenvolvida a gestação.
Inseminação artificial: procedimento em que o sêmen é preparado e
inserido diretamente no interior do útero, com o objetivo de aproximar o
espermatozoide do óvulo, facilitando a sua fertilização.
Coito programado: relação sexual programada, com uso de
medicamentos para indução da ovulação.
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