Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), haverá 17 mil novos casos até o final de 2025
O câncer de colo de útero é um dos mais incidentes entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma e do câncer de mama. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), apesar de ser prevenível, devem ser diagnosticados mais de 17 mil casos novos até o final de 2025.
Para o desenvolvimento do tumor, a presença do Papiloma vírus humano
(HPV) é necessária, por isso, para evitar a infecção, foi desenvolvida uma
vacina anti-HPV, destinada a meninas e meninos de 9 a 14 anos e pessoas
imunossuprimidas (vivendo com HIV/aids, submetidas a transplante de órgãos e
pacientes oncológicos de 15 a 45 anos). A vacina está disponível no Sistema
Único de Saúde (SUS) desde 2014 e em instituições privadas.
Segundo a Dra. Michelle Samora, médica oncologista do Hcor, atualmente, há dois tipos de vacinas no país: a quadrivalente e a novavalente, que previnem contra quatro e nove tipos de HPV. “O problema do câncer de colo de útero no Brasil é agravado porque, no país, a cobertura vacinal está abaixo da necessária para erradicar a doença. Enquanto a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que 90% da população de até 15 anos seja imunizada, aqui no Brasil registramos 75,81% nas meninas e 52,16% nos meninos em 2022”, afirma.
Apesar de prevenir a maioria das Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST), somente o uso de camisinha não impede a infecção pelo
HPV, pois é comum que as lesões estejam presentes em áreas que a camisinha não
protege, como vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal. Portanto, a
vacina é o método indicado e, além da vacinação, os exames preventivos de
rotina têm importância fundamental. A partir deles é possível detectar a
persistência dos vírus e lesões precursoras do câncer de colo do útero.
“Algumas lesões precursoras de câncer de colo de útero ou mesmo tumores iniciais, que não apresentam sintomas, são detectados nos exames de rotina. Quanto mais precoce o diagnóstico, mais eficaz é o tratamento e menores são as chances de ter sequelas”, conclui Dra. Michelle.
Hcor
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