Com grande importância para pacientes em diferentes fases da vida, especialista do Hospital Mariska Ribeiro fala sobre impactos positivos da atuação holística e integrada da terapia
Com a evolução do conceito de cuidado à saúde, cada
vez mais voltado a uma abordagem ampliada e foco na prevenção, o terapeuta
ocupacional (TO) vem se tornando fundamental para a melhoria da qualidade de
vida da população, facilitando a participação ativa e independente das pessoas
em suas ocupações cotidianas.
Devido a sua valiosa contribuição em diversas fases
da vida, a especialidade é marcada pelo Dia Mundial do Terapeuta Ocupacional,
data celebrada em 19 de janeiro e que visa ampliar o conhecimento da sociedade
sobre a importância da sua atuação em prol da saúde física e mental em todas as
fases da vida, bem como seu impacto positivo em diversas áreas da saúde.
De acordo com Larissa Fernandes, especialista do
Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, que também é tutora do método canguru
(política pública que engloba ações de atenção humanizada ao recém nascido
prematuro), muitas vezes, a Terapia Ocupacional é erroneamente associada apenas
à recuperação física e fisioterapia.
“Na realidade, nossa atuação vai muito além disso”,
pontua. Segundo a profissional, o TO tem como objetivo principal promover a
independência e a autonomia do paciente, ajudando-o a aprender ou voltar a
realizar atividades diárias dando significado às suas vidas. Dessa forma, a
terapia ocupacional precisa englobar todos os aspectos emocionais, cognitivos e
sociais de cada indivíduo.
Além das instituições de saúde, o terapeuta pode
desenvolver ações em escolas, atendimento ao público idoso e até mesmo
ambientes comunitários, sobretudo em atividades que envolvem um trabalho
multidisciplinar, como com crianças neurodivergentes e casos de traumato e
ortopedia.
Para Larissa, a relevância da TO requer compreender
seu impacto multidimensional. “A atuação proativa é crucial, adaptando-se às
necessidades específicas de cada paciente”, afirma.
No caso de pacientes neonatais, por exemplo, a
especialista salienta que intervenções precoces podem ter efeitos duradouros no
desenvolvimento dos bebês, afetando significativamente sua vida nos próximos
estágios.
Ela explica que o papel do TO no atendimento dos
recém-nascidos é vital, uma vez que seu trabalho auxilia na prevenção de
complicações e promove um ambiente propício ao crescimento saudável.
As intervenções incluem estimulação sensorial,
organização postural, avaliações neurológicas, rede terapia, banho de imersão,
confecções de órteses, orientação aos pais e adaptações ambientais, o que
reforça o papel educativo e preventivo da terapia.
“Ainda no hospital, nós iniciamos um trabalho que
exige continuidade e constância para que possamos extrair o máximo
aproveitamento para cada paciente. Por essa razão, faz parte da nossa rotina de
neonatal orientar e compartilhar nosso conhecimento com os pais ou cuidadores,
a fim de que a criança siga evoluindo após a alta médica”, detalha.
Larissa lembra, por fim, que o acomodamento após
alta neonatal para bebês com critério de risco se mantém até sua idade escolar,
no ambulatório de seguimento com equipe interdisciplinar.
@cejamoficial
site da instituição
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