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terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Dengue: saiba as diferenças entre os quatro tipos da doença e as formas de prevenir a infecção

 Estado do Rio de Janeiro confirma alta acentuada no número de casos e a primeira infecção pela variante DEN-4 desde 2018 

 

No início de dezembro, o painel Observatório Epidemiológico da Prefeitura do Rio de Janeiro confirmou o aumento de 430% nos casos de dengue registrados este ano em relação ao acumulado de 2022 – com 20.096 casos ocorridos entre janeiro e dezembro contra 4.673 no ano anterior. As Secretarias de Saúde Estadual e Municipal do Rio de Janeiro também divulgaram a primeira infecção pelo tipo 4 depois de cinco anos sem registro da variante no estado. Até o momento, a doença tem quatro tipos conhecidos e se manifesta tanto de forma assintomática quanto em níveis graves, mas pode ser prevenida por meio da vacinação. De acordo com o dr. Alberto Chebabo, infectologista dos laboratórios Sérgio Franco e Lâmina, que fazem parte da Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil, a dengue é uma arbovirose transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado, que também é capaz de espalhar o zika vírus e a chikungunya. Hoje, são conhecidos quatro tipos de dengue: as variantes DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. 

A DEN-1 é o tipo mais comum e, depois de infectar uma pessoa, ela passa a ser imune a essa variante pelo resto da vida. Já a DEN-2 é conhecida por ser um sorotipo mais agressivo, com maior risco de desenvolver as formas graves da dengue, principalmente em pacientes que já tiveram contato com a DEN-1. A terceira variante, DEN-3, é a mais incomum no Brasil e a DEN-4 tende a ser uma versão mais branda da doença, mas todas as variantes podem provocar tanto os sintomas mais comuns quanto levar aos estágios graves da condição. 

“Os primeiros sintomas de um paciente com dengue costumam ser febre alta, que pode durar semanas; dores de cabeça, no corpo e nas articulações; sensação de mal-estar e de indisposição, como se o corpo estivesse pesado. Infelizmente, muitos casos demoram a ser confirmados porque seus sinais podem ser confundidos com outras viroses”, explica o dr. Chebabo. 

Se o paciente não for tratado no estágio inicial da doença, novos sintomas podem surgir, como falta de apetite, vômitos e enjoos constantes, manchas avermelhadas na pele e até mesmo sangramento na região da gengiva e do nariz. Em casos de dengue hemorrágica, o tipo mais preocupante, são observados sinais que precisam ser identificados e tratados imediatamente, como dores abdominais fortes, dificuldade para respirar e vômitos frequentes. e outros sinais que precisam ser identificados e tratados imediatamente.  

“Ter uma infecção reincidente, ou seja, manifestar a dengue mais de uma vez ou tipos diferentes dessa doença, pode ser muito perigoso, porque a reinfecção pode agravar o estado de saúde do paciente. Por isso, é muito importante estar atento aos sintomas, buscar orientação médica em um posto de saúde ou emergência caso tenha os sintomas e tomar a vacina da dengue para prevenir o seu desenvolvimento”, enfatiza o dr. Chebabo.  

A vacina contra a doença, chamada QDenga, deve ser tomada em duas doses, com três meses de intervalo entre elas. Como não houve circulação da variante DEN-4 em território nacional durante a sua formulação, ainda não foi confirmado se a vacina protege contra esse tipo.  

Outras formas de prevenir a dengue incluem o uso de repelentes, principalmente se estiver em áreas com um número alto de casos confirmados; uso de roupas que cubram a maior parte do corpo ao sair de casa; e eliminação dos focos de mosquitos Aedes aegypti, que costumam colocar os seus ovos em recipientes com água parada, como caixas-d’água, potes destampados, calhas de telhado e outros.

 

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