Inflamação no ouvido, micoses, bicho-geográfico e
intoxicações alimentares são algumas das enfermidades relacionadas ao uso mais
frequente de praias e piscinas durante o verão. Especialistas do Hospital Santa
Catarina – Paulista dão dicas sobre prevenção, para que você possa aproveitar o
período de férias sem dor de cabeça
Com a chegada do verão, algumas doenças
tornam-se mais frequentes devido à umidade e às altas temperaturas, formando um
clima propício para a proliferação de fungos e bactérias. São doenças comuns e
facilmente preveníveis com os devidos cuidados. Especialistas do Hospital Santa
Catarina - Paulista comentam como evitá-las:
Otite
Trata-se de uma infecção no ouvido e costuma acometer crianças com mais frequência. A doença é comum no verão, porque é o período em que as pessoas frequentam praias e piscinas, facilitando a entrada e permanência de água no canal do ouvido, causando a otite externa, que é a inflamação da pele que cobre o canal do ouvido por dentro.
Os principais sintomas da otite externa são dor intensa e, eventualmente, um pouco de secreção, diferentemente da otite média aguda, que geralmente ocorre no inverno e trata-se de uma infecção atrás da membrana do tímpano, num espaço chamado ouvido médio.
Para a prevenção e tratamento da otite, o Dr. Ali Mahmoud, otorrinolaringologista do Hospital Santa Catarina - Paulista, recomenda a diminuição do tempo de exposição à água e a eliminação de outro fator que pode causar a otite externa, que é o trauma habitualmente causado pelo uso de haste flexível com algodão.
“A inserção de hastes flexíveis e de qualquer
corpo estranho no ouvido pode machucar a pele e, com isso, expor a infecção,
causando a otite externa. O tratamento pode envolver a aplicação de medicamentos
diretamente no canal auditivo ou a administração de remédios sistêmicos”,
explica Dr. Mahmoud.
Micose e Bicho-Geográfico
Durante o verão, o aumento da umidade e da temperatura cria um ambiente propício para o crescimento de fungos. As micoses são infecções causadas por esses micro-organismos, que se proliferam mais facilmente em condições quentes e úmidas. Já o bicho-geográfico é comum em locais como praias, parques e áreas rurais, onde animais infectados fazem suas necessidades. Portanto, ambientes nos quais as pessoas ficam descalças, como praias sem a devida limpeza, são propícios para adquirir o bicho-geográfico.
De acordo com a Dra. Carolina Pellegrini, dermatologista do Hospital Santa Catarina – Paulista, a prevenção de doenças como a micose é feita por meio de cuidados básicos de higiene. "É fundamental manter a pele seca, especialmente entre os dedos e nas áreas de dobras. Usar calçados arejados e, no caso de sapatos fechados, evitar o mesmo sapato em dias consecutivos. Além disso, evitar andar descalço em ambientes úmidos, como vestiários e piscinas de clubes e academias, ajuda a minimizar o risco de contaminação. Também é importante não ficar com roupas molhadas por longos períodos", recomenda a doutora.
A respeito do bicho-geográfico, a dermatologista afirma que a prevenção envolve evitar o contato direto com solo contaminado. O uso de calçados ao caminhar em áreas propensas, como praias e parques, também é importante. Além disso, estender toalhas ou cangas antes de se sentar na grama, terra ou areia ajuda a reduzir o risco de infecção.
O tratamento para a micose, geralmente, envolve
o uso de antifúngicos tópicos ou, em casos mais graves, medicamentos via oral.
Também é fundamental manter a pele limpa, seca e arejada, principalmente entre
os dedos, virilha, dobras como joelhos, entre as coxas e axilas. Quanto ao
bicho-geográfico, a remoção da larva deve ser realizada por um profissional de
saúde, como o dermatologista. Em hipótese alguma, a pessoa deve fazer a remoção
da larva por conta própria, já que manipular a lesão sem a devida técnica e
ambiente estéril pode levar a complicações, como infecções secundárias e
inflamações. Após a extração, o médico pode prescrever medicamentos para tratar
possíveis infecções secundárias. Em ambos os casos, é fundamental seguir todas
as orientações para garantir uma recuperação eficaz e prevenir recorrências. E
nunca se automedicar.
Intoxicação Alimentar
Outro problema recorrente nessa época do ano diz respeito ao aumento de casos de intoxicação alimentar. A causa está relacionada à maior facilidade de multiplicação das bactérias nos alimentos com o aumento da temperatura, além de uma maior facilidade na decomposição dos alimentos. Além disso, devido às viagens de verão, pode ocorrer o armazenamento inadequado do alimento, o que contribui para o processo de decomposição e a proliferação dos micro-organismos.
Segundo o Dr. Renato Altikes, gastroenterologista Hospital Gastroenterologista Santa Catarina - Paulista, os sintomas de intoxicação alimentar normalmente estão relacionados a náusea, vômitos, diarreia, dor abdominal e febre. Ao apresentar algum desses sintomas, é fundamental que a pessoa se mantenha hidratada com água, água de coco e isotônicos. E também adote uma dieta mais leve, sem alimentos gordurosos, crus e lactose. Caso mantenha sintomas recorrentes, com vômitos persistentes, desidratação, febre alta, sangue nas fezes, tontura ou desmaio, é muito importante procurar atendimento médico.
Para a prevenção contra a intoxicação alimentar, procure seguir estas dicas
- Sempre higienizar bem as mãos
antes de preparar e comer os alimentos.
- Lavar bem as frutas e alimentos
crus antes de ingeri-los.
- Cozinhar bem a carne, peixe,
frango e ovo, evitando consumir alimentos crus ou mal cozidos. - Manter os
alimentos refrigerados adequadamente.
Hospital Santa Catarina - Paulista
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