Veja as opções de higienizadores de acordo com a faixa etária e dicas para uma limpeza sem traumas
Quem sofre com doenças alérgicas sabe que o clima seco pode ser um
momento crítico para a saúde. Partículas poluentes e toxinas ficam em suspensão
no ar, aumentando as secreções nasais. Esse ano, com a onde de calor acentuado
atingindo todo o país, e deixando o clima ainda mais seco, o problema pode se
acentuar. E mesmo para quem não sofre tanto com as alergias, o clima seco
também pode trazer desconfortos como ressecamentos e feridas na parte interna
do nariz. A lavagem nasal com soro fisiológico é um procedimento simples que
pode ajudar a aliviar os sintomas e tem sido cada vez mais recomendada por
pediatras e otorrinos como procedimento diário de cuidado individual.
A lavagem nasal é um dos
procedimentos mais eficazes para hidratar a narina e ainda retirar substâncias
nocivas ao organismo, como toxinas poluentes, vírus e bactérias, que costumam
provocar alergias. Assim como escovar os dentes, deveria ser realizada todos os
dias como forma de prevenir doenças respiratórias, e até mesmo outras doenças
mais graves, como as que podem ser provocadas por inalação de fuligens de
queimadas, por exemplo. Essas partículas podem chegar à corrente sanguínea e
prejudicar o aparelho cardiovascular. Quando o clima está seco, a lavagem
também ajuda a hidratar as narinas e evitar fissuras por ressecamento.
Na primavera, outro fator que favorece as alergias é
o desabrochar das flores, provocando o aumento da quantidade de pólen no ar,
fator que, juntamente com a baixa quantidade de chuvas e as mudanças de
temperatura comuns nessa época do ano, podem desencadear quadros de alergia.
Nas crianças, rinite alérgica e asma são problemas respiratórios comuns na
primavera e podem prejudicar uma boa noite de sono ou aumentar a irritação dos
pequenos durante o dia.
Para
tentar evitar a entrada de micro-organismos como vírus, bactérias, fungos e
substâncias alergênicas no aparelho respiratório, que acabam provocando a
produção de secreções extras para expulsá-los e geram congestão nasal, cada vez
mais os pediatras e otorrinos recomendam a lavagem nasal com soro fisiológico
ou uma solução salina caseira. É um hábito de higiene que deve fazer parte da
rotina diária de bebês e crianças e até mesmo dos adultos.
NoseWash: dispositivo para lavagem nasal infantil de forma lúdica, ganha versão de 20ml e personagens da patrulha canina |
O
otorrino-pediatra Ricardo Godinho, explica os benefícios. "A lavagem nasal
é uma prática recomendada para melhorar a qualidade de vida de crianças com dificuldade
de respirar pelo nariz. Descongestionadas, ela dormem melhor, comem melhor. É
um tratamento com ótima relação custo-benefício, e praticamente não gera
efeitos colaterais. Há muitos benefícios", destaca o especialista, que é
autor do “Guia de Orientação para os Pais: Cuidando dos Ouvidos, Nariz e
Garganta das Crianças”.
Crianças
que ficam resfriadas com maior frequência se beneficiam ainda mais com a
lavagem nasal, e devem fazer até duas vezes ao dia - sobretudo quando elas
chegam da escola e antes de dormir. As crianças, de uma forma geral, podem
adoecer de quatro a dez vezes todos os anos de resfriados. Nos primeiros quatro
anos de vida, principalmente quando entram na escola e passam a ter uma vida
social mais intensa, elas podem ter um número maior de infecções respiratórias
e resfriados.
O
médico lembra que algumas crianças ficam mais congestionadas por viverem em
ambientes com alergênicos, como mofo, fumaça de cigarro, ou são crianças com
características imunológicas que facilitem a ocorrência de infecções.
"Nelas, a lavagem nasal traz melhora mais rápida também e a higiene pode
fazer parte da rotina - como um dos compromissos da criança – de escovar o
dente, cuidar do cabelo, tomar banho. Assim, usarão menos medicamentos para o
controle dos sintomas associados às rinites", destaca Godinho.
Quando
as crianças precisam fazer uso de corticoides no nariz, a lavagem, inclusive, é
recomendada para retirar o excesso de muco e melhorar a absorção do remédio no
local.
Dispositivos lúdicos auxiliam as crianças a perder o medo
- Muitos pais relatam que desistem de fazer a higiene das narinas porque as
crianças choram e têm medo. Um dos maiores causadores desse conflito é o uso de
seringas para injeção em vez de dispositivos próprios para a lavagem nasal. Mas
a recomendação da higienização nasal vem crescendo tanto que hoje em dia já
existem diversas opções, algumas lúdicas e divertidas, que mais se parecem com
brinquedos e foram feitas especialmente para as crianças.
Uma delas é o NoseWash, da marca Agpmed, uma seringa para lavagem com opções de 10 ml que pode ser usada em bebês a partir dos três meses e de 20 ml para crianças a partir dos dois anos. Com personagens como animais, patrulha canina e super-heróis, o dispositivo conquista as crianças e ajuda a diminuir o medo nas primeiras aplicações. Outra opção para as crianças maiores é a garrafinha NoseWash Max, que permite limpeza com maior volume de soro, até 240 ml e controle de fluxos. E é indicada para crianças a partir dos 3 anos e adultos.
Usar
seringas lúdicas como aliadas na hora de conquistar a confiança das crianças é
também recomendado pelos especialistas: "Existem diferentes formas de
lavar o nariz e cada criança reage e se adapta de forma individualizada.
Existem medidas de lavagem nasal também indicadas para cada faixa etária, mais
agradáveis. Para cada tipo de doença e gravidade de sintomas existe uma maneira
de lavar o nariz, que vai ser a mais indicada. Fundamental, algo que perpassa
por tudo isso, é que seja feita de forma gentil. A criança não pode sentir dor,
a criança tem que colaborar com o processo, na medida do possível. Ela não pode
se sentir desconfortável ao fazer a lavagem", reforça o otorrino-pediatra
Ricardo Godinho.
A fisioterapeuta respiratória Genai Latorre recomenda que a
lavagem nasal seja realizada duas vezes ao dia em bebês e crianças que
apresentem quadro viral e uma vez naqueles que não possuem problemas, mas que
os pais queiram trabalhar a limpeza de maneira preventiva. E orienta:
–
A aplicação deve ser realizada sempre com a criança sentada ou em pé, nunca
deitada;
-
A cabeça deve estar posicionada para frente e levemente inclinada na direção
contrária a qual a narina será lavada;
-
Durante a lavagem, a criança deve manter a boca aberta;
-
Usar sempre soro fisiológico (nunca apenas água);
-
É importante que o líquido esteja em temperatura ambiente ou morna, nunca
gelada;
-
Também não se deve aplicar o conteúdo com força ou rapidez. A pressão do jato
deve ser suave e contínua
“Sabemos que lavar o nariz dos pequenos pode ser um desafio. Então, quanto
menos traumático for o processo, melhor será o resultado. Contar com um produto
lúdico e adaptado para esse momento pode facilitar a vida dos pais e
responsáveis e aumentar a aderência ao tratamento por parte das crianças”,
comenta a fisioterapeuta Genai Latorre.
Alto volume – As
garrafinhas de alto volume alcançam também o interior dos ossos da face. É o
único método que consegue lavar de forma eficiente o interior das cavidades
nasais e são muito úteis para crianças com sinusite aguda e infecção nasal
crônica.
A quantidade de
soro fisiológico deve ser
adequada ao tamanho do paciente. Para bebês até dois anos, recomenda-se até 5
ml de soro em cada narina. Acima disso, podem ser usados 10ml de soro. A partir
de quatro anos e em adultos, o volume deve ser superior a 20ml.
AGPMED
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