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terça-feira, 28 de novembro de 2023

Semana Nacional de Combate ao Câncer: especialista alerta que vacina contra HPV previne até sete tipos de tumores em homens e mulheres

A vacina HPV nonavalente ajuda a evitar os cânceres de colo do útero, ânus, vulva, vagina, pênis, boca e garganta 

  

Segundo o relatório de estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a previsão para o triênio de 2023 a 2025 aponta que ocorrerão 483 mil novos casos da doença no Brasil, excluídos os quadros de câncer de pele não melanoma. E que, no mundo, um em cada cinco indivíduos terão câncer durante a vida. Na Semana Nacional de Combate ao Câncer, a dra. Luísa Chebabo, infectologista do laboratório Lâmina, no Rio de Janeiro, pertencente à Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil, reforça que a vacinação contra o HPV é uma importante estratégia de saúde coletiva para frear as estatísticas oncológicas.   

“A vacina do HPV pode evitar sete tipos de câncer, entre eles os tumores de colo do útero – que está entre os dez mais prevalentes nas mulheres –, de ânus, vulva, vagina, pênis, boca e garganta, que têm relação comprovada cientificamente com o vírus. Por isso, o esquema vacinal é muito importante para prevenir novos casos de neoplasia”, afirma a especialista.   

O vírus é transmitido, principalmente, durante o contato sexual e é a infecção sexualmente transmissível (IST) mais comum. Atualmente, o imunizante teve proteção ampliada para nove tipos diferentes do vírus – 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58 –, ou seja, tornou-se mais abrangente do que a vacina quadrivalente, que tem proteção apenas contra os quatro primeiros.  

 Segundo dados da Dasa, em 2021, a quantidade de vacinas aplicadas contra o HPV cresceu 77%, quando comparada com o ano anterior, nas mais de 900 unidades da rede em todo o país.  Como estratégia de saúde pública, o Brasil adotou as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) de eliminar o câncer de colo do útero, e uma das grandes metas deste ano é alcançar a cobertura vacinal do HPV em 90% entre as meninas de até 15 anos. A expectativa com essas ações é evitar 62 milhões de mortes pela doença globalmente.    

Luísa explica que a imunização é recomendada tanto para meninas quanto para meninos a partir de 9 anos. A vacina também é indicada para adultos de até 45 anos, sem necessidade de prescrição médica. Mesmo quem já iniciou ou tenha finalizado o esquema vacinal com a quadrivalente pode receber o novo imunizante, considerando um intervalo de 12 meses. Quem já teve ou mesmo está com o HPV também pode tomar a vacina. Atualmente, a nonavalente é oferecida apenas na rede privada. “O imunizante ampliado é eficaz para prevenir lesões de alto grau, neoplasias e lesões verrucosas causadas pelo HPV”, complementa a infectologista.   


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