O livro Obesidade – Entender, cuidar, respeitar e conviver é um guia para esclarecer conceitos e acabar com mitos que geram desinformação e preconceito
Aprender sobre a obesidade é um compromisso social: há um
preconceito estrutural associado à condição e às pessoas com obesidade. O livro
Obesidade
– Entender, cuidar, respeitar e conviver, da Vigia Editora, serve
como um guia para desfazer mitos e falar abertamente sobre gordofobia, que é a
aversão à gordura e às pessoas com obesidade.
A obra, lançada recentemente, foi escrita pelo médico
Felipe Koleski, cirurgião bariátrico em Blumenau (SC) que já realizou mais de
4,3 mil procedimentos para tratar a obesidade grave. É para todas as pessoas
que vivem em sociedade, tenham obesidade ou não.
As principais questões que Koleski recebe de pacientes no
consultório e ouve de pessoas leigas estão apresentadas em forma de pergunta e
resposta, com explicações didáticas e precisas. O médico atualiza debates como
o consumo de medicação para a obesidade, o vocabulário correto para se referir
à condição e a equivocada relação entre pessoas com obesidade e falta de força
de vontade.
Uma obra necessária para desmontar estruturas de
preconceito e abrir caminho para que as pessoas com obesidade tenham acesso a
tratamentos efetivos e respeitosos. Confira a seguir sete fatos sobre a
obesidade que estão entre os pontos esclarecidos no guia.
1. Obesidade não é
sinônimo de falta de vontade
Considerar que “só tem obesidade quem quer” é uma
inverdade disseminada pelo senso comum, que gera culpa e pode afastar as
pessoas de tratamentos sérios e efetivos. A condição, que tem causas
multifatoriais, foi considerada por muito tempo como um distúrbio de ordem
moral. Essa crença leva ao preconceito e à gordofobia.
2. O cuidado
com a obesidade é para sempre
Esta é uma doença crônica, com altos e baixos, e portanto
não se fala em cura. Mesmo que uma pessoa com obesidade perca peso, ela precisa
acompanhar a condição por toda a vida. Há muitas abordagens de cuidado e,
quanto mais múltiplas, melhor.
3. A obesidade é uma
questão social
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a obesidade
uma epidemia mundial – a doença triplicou no planeta entre 1975 e 2016. Os
dados deixam claro que não se trata de uma questão individual de “pessoas que
não se cuidam”. A obesidade é multifatorial: além de possíveis tendências
hereditárias, existe também a exposição a alimentos pouco saudáveis e a estilos
de vida sedentários. Fatores reforçados pela ordem social, política, cultural e
econômica.
4. O diagnóstico vai
além do cálculo do IMC
A fórmula do Índice de Massa Corpórea (IMC) é uma das
ferramentas mundialmente padronizadas para determinar a obesidade, mas nunca
deve ser considerada de forma isolada. Um atleta de alto rendimento, por
exemplo, pode ter um IMC indicando sobrepeso. É preciso considerar outros
índices e o quadro geral de saúde do paciente.
5. Dietas
restritivas podem aumentar o grau de obesidade a longo prazo
Dietas muito rígidas podem até emagrecer inicialmente, mas
cobram um preço alto: desequilibram o metabolismo e alteram a percepção de fome
e saciedade. A longo prazo, mais de 90% das pessoas voltam a ganhar peso.
6. Perdas a
partir de 5% do peso corporal já trazem benefícios para a saúde
O tratamento para a obesidade não é necessariamente
atingir um IMC considerado normal. A premissa é conquistar mais saúde. Em
alguns casos a perda de 5% do peso corporal já melhora índices como os de
glicose e de triglicerídeos.
7. Pode ser preciso
tomar medicação para obesidade mesmo depois de uma cirurgia bariátrica
A recidiva da obesidade após a bariátrica não significa que os recursos se esgotaram. Entre as opções terapêuticas à disposição, a medicação pode ser considerada conforme o caso. Sempre prescrita pelo médico e acompanhada de cuidados multidisciplinares.
Obesidade – Entender, cuidar, respeitar, conviver
Felipe Koleski
Vigia Editora
144 páginas
Preço: R$ 59,90
Onde encontrar:
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Livraria Martins Fontes Av. Paulista
Livraria BluLivro
Clínica Vidar
(Rua Armando Odebrecht, 70 – Sala 1.207 – Blumenau)
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