Condição pode estar associada a casos de adenomiose e endometriose
Mais de um terço das mulheres adultas em idade
reprodutiva nos Estados Unidos apresentam deficiência de ferro, nutriente
essencial para a saúde e bem-estar. Nas mulheres, a menstruação e a gravidez
são as principais causas desta deficiência. O problema afeta principalmente
mulheres que têm períodos menstruais intensos e que podem estar diretamente
relacionados à adenomiose e endometriose.
Para o Dr. Marcos Tcherniakovsky, Ginecologista e
Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), existe
uma conexão vital entre a deficiência de ferro e a adenomiose junto com a
endometriose. "Muitas mulheres não sabem que o seu sangramento menstrual é
excessivamente alto e que pode ocasionar na falta de ferro, que resulta em
sintomas, como confusão mental, distúrbios do sono, fadiga, perda de cabelo e
em casos mais extremos, anemia grave, comprometendo a qualidade de vida e saúde
geral do organismo", comentou o ginecologista.
A endometriose é uma doença em que o endométrio, o
tecido que reveste o interior do útero, está presente fora da cavidade uterina,
ou seja, em outros órgãos da pelve, como nos ovários, bexiga ou trompas e
causar reações inflamatórias ao organismo. Ela afeta cerca de 8 milhões de
brasileiras e pode se manifestar de diversas formas no corpo da mulher. O
principal sinal de alerta para a endometriose é a cólica menstrual intensa
ocasionada muitas vezes por um fluxo menstrual aumentado. Lembrando que quando
este endométrio infiltra o miométrio (camada muscular do útero) é que chamamos
adenomiose. Não temos na literatura a real prevalência de adenomiose com a
endometriose, mas esta relação é alta.
O Dr. Marcos advoga por uma abordagem integrada no
tratamento, buscando não apenas aliviar os sintomas da endometriose, mas também
gerenciar efetivamente o sangramento uterino anormal e a deficiência de ferro
para melhorar a qualidade de vida. O médico está empenhado em educar suas
pacientes sobre a ligação entre essas condições, capacitando-as a participar
ativamente de seu próprio bem-estar e adotar medidas preventivas.
"Se você está com alguns dos sintomas citados
há um tempo e que não passam, vale a pena solicitar ao seu ginecologista um
exame de ferro e ferritina, muito simples de se fazer, e que praticamente todos
os convênios cobrem. Além de tratar a deficiência de ferro, é fundamental
entender as causas do fluxo menstrual intenso", explicou Tcherniakovsky.
Promover a conscientização e fornecer soluções
inovadoras para enfrentar os desafios associados à endometriose e à deficiência
de ferro é um dos desafios da ginecologia. Para isso, o check-up ginecológico
anual é indispensável.
Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista, Obstetra e Vídeo-endoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). Atualmente é Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. É Médico Responsável na Clínica Ginelife. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose. Membro da Comissão Nacional de Especialidades em Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) Instagram: @dr.marcostcher.
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