Como
evitar acidentes com banhos e mergulhos no verão? Especialista dá dicas e
alerta a população sobre acidentes aquáticos.
Recentemente
acidentes em piscinas, mar e cachoeiras tem chamado atenção da população e
também de especialistas. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Coluna
(SBC), mergulhos em águas rasas são a segunda principal causa de lesões
medulares no Brasil durante o verão, após os acidentes de trânsito. E de acordo
com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), a
cada uma hora e meia, um brasileiro morre afogado, destes, 59% são crianças de
um a nove anos de idade e em piscinas.
No Brasil, os
afogamentos são a segunda maior causa de mortes e a sétima de hospitalização
por motivos acidentais entre crianças, segundo a ONG Criança Segura. Com o
aumento do calor, muitas pessoas aderem a lugares frescos, como rios e
cachoeiras. E é nesta época do ano que são registrados os maiores números de
acidentes que podem, inclusive, levar uma pessoa a perder os movimentos de
braços e pernas e até a morte durante banhos e mergulhos, alerta a
neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel
(Blumenau/SC).
“Ao mergulhar em
rios e cachoeiras não é possível ter a noção da profundidade, com isso, em caso
de locais rasos as pessoas acabam muitas vezes, batendo a cabeça em pedras ou
até mesmo no fundo, agravando o quadro de saúde e podendo causar traumatismo craniano
ou até mesmo uma fratura de coluna. Por isso a prevenção é o melhor caminho
para evitar esse tipo de acidente”.
Dicas
de como evitar acidentes aquáticos
Para não deixar o
lazer e a diversão de lado, a especialista compartilha algumas dicas para prevenir
qualquer tipo de acidente aquático. São elas:
- Conhecer a
profundidade do local, principalmente em lugares que possuem pedras, como rios,
cachoeiras e costão do mar;
- Observar se há
salva-vidas por perto. Caso não tenha, pedir para familiares ficarem atentos e
/ou evitar ir longe ou fundo;
- Para as
piscinas, observar que o motor está desligado, assim evitará problemas de
sucção;
- Evitar ingerir
bebidas alcoólicas e alimentos pesados antes de entrar na água;
- Evitar saltar de
cabeça e ficar atento com saltos em beiradas de piscinas, trampolins e afins;
- Crianças sempre
devem estar supervisionadas por um adulto;
- Não superestime
sua capacidade de nadar, caso não saiba nadar, não vá para o fundo.
Caso ocorra algum
acidente, Danielle de Lara orienta que o procedimento a ser feito é checar os
sinais vitais, ou seja, respiração, batimentos cardíacos e nível de
consciência. “Caso a pessoa esteja sonolenta, ou comece a ficar mole,
respondendo pouco, é importante levá-la a um serviço de urgência em hospital.
Nesse momento a avaliação médica é de extrema importância, especialmente se
houve pancadas na cabeça”.
A especialista
ainda explica que se a criança apresentar dor de cabeça e vômitos também é
importante levá-la ao médico o mais rápido possível. “No momento do acidente
todos querem ajudar, mas é preciso ter muito cuidado, pois a manipulação da
pessoa realizada de forma incorreta pode piorar qualquer tipo de lesão”,
alerta.
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