Psicóloga do São Cristóvão Saúde
comenta sobre o quadro, que pode ser influenciado por fatores genéticos e
externos, com diversos impactos sobre a saúde mental
O transtorno afetivo bipolar, é uma condição psiquiátrica crônica que afeta o
humor de uma pessoa, com episódios alternados de mania ou hipomania (fases
euforia e depressão). Segundo um levantamento realizado pela Associação
Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA),
o transtorno bipolar afeta cerca de 140 milhões de pessoas no mundo, e os
sintomas aparecem quase sempre antes dos 30 anos de idade - principalmente
entre 18 e 25.
De acordo com a
Psicóloga Susi S. Andrade, terapeuta
cognitiva comportamental e especialista em saúde mental do São Cristóvão Saúde,
o quadro envolve a combinação de fatores genéticos, influência do ambiente e
química cerebral. “O indivíduo bipolar, pode apresentar episódios depressivos e
maníacos que prejudicam sua vida em todos os aspectos, influenciando nas
relações interpessoais”. Durante um episódio de mania, é possível observar os
seguintes sinais:
- Euforia intensa;
- Aumento de energia;
- Irritabilidade;
- Diminuição da necessidade de sono;
- Pensamentos acelerados;
- Fala rápida;
- Comportamento impulsivo;
- Busca por atividades de risco;
- Psicose, em casos de episódios de mania grave, incluindo
delírios e alucinações.
De acordo com a Psicóloga, “já durante os episódios de depressão,
a pessoa pode sentir-se triste, desesperançosa, sem energia, ter alterações no
sono e no apetite, além de dificuldade de concentração, perda de interesse em
atividades antes prazerosas e até mesmo ideação suicida”.
Bipolaridade
x Borderline
O transtorno bipolar e o transtorno de personalidade borderline
são duas condições psiquiátricas distintas, mas podem compartilhar algumas
semelhanças sintomáticas, como a impulsividade e alterações no humor. De acordo
com Susi Andrade, entre as principais diferenças, “o paciente borderline
tem uma instabilidade de humor, dificuldade em lidar com a rejeição. Existe
nesse quadro o pensamento de necessidade de aprovação do outro. Já no
transtorno bipolar, as fases de mania (euforia) e depressão podem ser mais
longas e nem sempre relacionadas ao outro”.
É possível apresentar os dois transtornos em comorbidade, ou seja,
um paciente pode apresentar os dois quadros com sintomas que se sobrepõem.
Porém, ainda de acordo com a psicóloga, para os dois transtornos há tratamento
psicológico. Entre as sugestões da especialista, psicoterapia associada a
medicamentos ajudam muito o paciente a ter melhor manejo dos sintomas e
crises.
Uma avaliação cuidadosa por parte de um profissional de saúde
mental qualificado é essencial para determinar o diagnóstico correto e o plano
de tratamento adequado, afinal, cada pessoa é única e os sintomas podem variar.
Um diagnóstico preciso é essencial para um tratamento eficaz, de forma a se
obter uma compreensão clara e um manejo adequado dos sintomas.
Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão
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