Baixas
temperaturas e relaxamento com medidas de proteção contribuem para a
disseminação de doenças comuns da estação
O inverno vai até setembro e a incidência de
doenças alérgicas e infecciosas transmitidas por vírus e bactérias aumentam
nesta estação, como gripe, resfriado, bronquite, rinite alérgica, sinusite e
pneumonia. Essas doenças respiratórias são potencializadas pelas temperaturas
mais baixas associadas à baixa umidade do ar, o que pode fragilizar o sistema
imunológico e favorecer a disseminação. Idosos, gestantes e crianças são
potencialmente mais suscetíveis e necessitam de cuidados preventivos.
Outros fatores como a permanência em ambientes
fechados e pouco ventilados, aglomeração e relaxamento com cuidados de
proteção, como o uso de máscaras, higienização das mãos e baixa procura por
vacinas, também contribuem para que hospitais e pronto socorros tenham maiores
taxas de atendimento e internação.
Idosos e crianças podem ser mais vulneráveis às
doenças de inverno por terem um sistema imunológico mais frágil, o que os torna
mais suscetíveis a infecções e por conta da presença de outras doenças. No caso
dos mais velhos, doenças crônicas, como diabetes, doenças cardíacas, renais,
enfisema pulmonar e câncer, podem enfraquecer o sistema imunológico e aumentar
o risco de infecções. Já as crianças podem ter doenças respiratórias crônicas,
como asma, que aumentam o risco de complicações em caso de infecções
respiratórias.
Com as gestantes e bebês, o sistema imunológico
está em fase de atenção devido a alterações hormonais e de desenvolvimento do
feto, o que pode aumentar o risco de infecções. “Este período faz com que
as mucosas do sistema respiratório tenham a tendência de ficar irritadas com o
clima frio e seco, o que pode aumentar o risco de infecções. Alguns grupos de
pessoas estão mais suscetíveis a infecções por vírus e bactérias, como idosos,
crianças, bebês, gestantes e pessoas com doenças crônicas, como asma e
diabete”, explica o Dr. Fernando Pompeu, diretor Médico e de Práticas
Assistenciais da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Nas últimas semanas, os leitos pediátricos tiveram
alta taxa de ocupação. Este movimento é esperado para a população pediátrica
por conta da queda na temperatura e as internações por quadros respiratórios
representam a principal causa, sendo quase 60% das internações, englobando os
diagnósticos de bronquiolite, crises de sibilância e pneumonia. O vírus
sincicial respiratório (VSR) é o mais prevalente podendo ser encontrado em até
40% das pesquisas virais, de acordo com o especialista.
Medidas simples previnem as
doenças de inverno
Por causa do grande impacto médico e social que
estas infecções respiratórias trazem, o Dr. Pompeu reforça a necessidade de
medidas preventivas para evitar os problemas de saúde típicos da
estação. É importante evitar aglomerações em ambientes fechados, manter a
alimentação saudável, ter noite de sono adequado, praticar atividades físicas
regularmente, e destaque para:
- Manter
os ambientes arejados, mesmo com o frio, abrindo as janelas e deixando o
ar circular;
- Beber
muita água para manter o organismo hidratado;
- Higienizar
as mãos com frequência, utilizando água e sabão ou álcool em gel;
- Evitar
fumar ou se expor a ambientes com muita poeira ou fumaça;
- Utilizar
roupas adequadas para o frio, evitando aglomerações em ambientes fechados;
- Realizar
check-ups e manter a vacinação em dia, especialmente contra a gripe.
Rede de
Hospitais São Camilo de São Paulo
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