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sexta-feira, 21 de julho de 2023

Inverno é a estação ideal para cuidar das microvarizes e telangiectasias com segurança e eficácia

Procedimentos avançados de escleroterapia, realizados por especialistas da área Vascular, proporcionam resultados preventivos e melhora a estética

 

As microvarizes, as veias reticulares e as telangiectasias, mais conhecidas como "teias de aranha" vasculares ou popularmente “vasinhos”, são pequenos vasos sanguíneos visíveis na superfície da pele, frequentemente encontrados nas coxas e pernas, onde são mais comuns. Além dessas áreas, eles também podem surgir em outros locais, como na face (asa de nariz e nas bochechas, próximo aos olhos). 

O surgimento dos vasinhos pode estar relacionado com causas hormonais, hepáticas, gestação, anticoncepcionais, ganho de peso, ortostase prolongada (permanecer por um longo período em pé) e a hereditariedade, que também favorece o risco.

Normalmente, os pacientes procuram o especialista por acharem ser apenas uma questão estética. Porém, o aparecimento das telangiectasias precisa ser investigado. Conforme explica o angiologista,  cirurgião vascular e diretor de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Fábio José Bonafé Sotelo, é importante que o paciente seja avaliado por um cirurgião vascular ou angiologista para verificar a relação entre as veias colaterais e nutridoras, e para verificar as causas. “O tratamento vai depender do histórico de saúde do paciente, da quantidade de varizes e seus calibres, da relação com veias mais grossas, que nutrem os vasos menores, e do tipo de vaso a ser tratado”.

Depois da avaliação do especialista, o tratamento dos vasos finos e tortuosos, que ocorrem sobretudo nas pernas, pode ser realizado de forma química, com a glicose hipertônica e a espuma densa (polidocanol), por exemplo. “Os egípcios já realizavam a escleroterapia com resultados excelentes, sendo um procedimento historicamente consagrado. A utilização de técnicas combinadas com laser e escleroterapia química, o uso da espuma densa e a radiofrequência, associadas à escleroterapia química, são técnicas novas que têm sido aplicadas por especialistas vasculares com bons resultados”, afirma Dr. Sotelo.

Normalmente, existe o receio das injeções e a queimação do agente químico ou do laser, mas, via de regra, a adaptação ao tratamento é muito rápida e a apreensão e o medo logo desaparecem. Além disso, deve ser realizado sempre por profissionais vasculares e ou angiologistas, certificados e que utilizam as técnicas corretas, que reduzem as sensações dolorosas, ardor, coceira, edema e manchas.  O procedimento é importante para o controle da progressão da doença e suas consequências e também promove melhora na estética.  Vale lembrar que, muitas vezes, o método é realizado em etapas, com número de sessões variáveis para se obter o efeito esperado.

A época mais indicada para realizar a ecleroterapia é no período de inverno, pois, no verão, a exposição solar na área tratada aumenta em demasia o risco de manchas definitivas, em geral hipercrômicas (escuras).

Após a intervenção, é fundamental manter alguns hábitos para evitar que os vasinhos voltem. Determinados cuidados podem ajudar, como o uso da meia elástica, o controle do peso, dieta saudável, alternância de posição de trabalho, repousar mais vezes com as pernas elevadas são medidas protetivas e importantes.

“É muito importante que a população compreenda que o tratamento dos vasinhos, apesar de aparentemente ser simples, é bem complexo e pode ser a primeira manifestação de doenças mais graves. Além disso, o entendimento anatômico, etiopatogênico, o treinamento e o domínio da técnica e a atenção às regras de assepsia e antissepsia são essenciais para o sucesso e a segurança do paciente. Não é incomum que os sistemas venosos mais profundos estejam envolvidos, inclusive pode haver comunicação direta entre o sistema venoso superficial e o profundo, podendo acontecer complicações graves como trombose venosa profunda, embolia pulmonar e até mesmo acidente vascular cerebral. Somente o angiologista e o cirurgião vascular possuem treinamento adequado e suficiente para executar de forma segura todas as etapas do procedimento e reconhecer e tratar rapidamente complicações que podem eventualmente surgir. Por isso, antes de iniciar o tratamento, é preciso verificar se o profissional possui título de especialista e se a clínica tem todos os requisitos sanitários para a realização da prática”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Dr. Fabio Rossi.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram). 



Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br


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