Celebrado em 23 de janeiro, o Dia Internacional da Medicina Integrativa chama a atenção para uma forma de cuidado que tem se tornado referência na promoção de tratamentos efetivos e uma assistência com foco na humanização e acolhimento.
De acordo com Adriana Fabozzi, psicóloga do CEJAM,
a medicina integrativa vai além da aplicação de recursos terapêuticos, pois
considera o indivíduo em sua totalidade e sua relação com a sociedade e o meio
ambiente.
“O cuidado integrativo tem como princípio a visão
ampliada do processo saúde/doença, o vínculo terapêutico e a escuta acolhedora,
o que também está intrínseco na humanização”, completa.
A profissional destaca que atividades como pilates,
acupuntura e reiki são utilizadas para estimular os mecanismos naturais de
recuperação da saúde, com potencial de aliviar dores físicas e psicoemocionais.
Além disso, a medicina integrativa promove e incentiva o protagonismo da pessoa
em relação a sua saúde, através do autocuidado.
“Outro ponto é a redução de medicalização, já que
muitos desequilíbrios que geram doenças podem ser amenizados e tratados com
esses recursos terapêuticos eficazes”, complementa.
Adriana enfatiza que a medicina integrativa pode
ser complementar aos cuidados convencionais que o paciente já esteja recebendo
ou ser o recurso terapêutico usado para o restabelecimento da saúde.
A psicóloga lembra, ainda, que tais técnicas podem
ser incorporadas ao nosso dia a dia, como um momento de meditação, aromaterapia
e chás medicinais.
Práticas Integrativas no SUS
Adriana atua no Polo de Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde (PICS), que integra o Centro de Referência da Dor
Parque Maria Helena (CR Dor), gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria
Municipal da Saúde de São Paulo.
No Brasil, as práticas foram institucionalizadas,
em 2006, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) do Ministério da Saúde.
De acordo com a gerente da unidade, Luana Paula
Santos de Lima, os atendimentos no Polo são agendados a partir do
encaminhamento realizado pela UBS de referência. Entre agosto e dezembro de
2022, foram atendidos mais de 540 pacientes e realizados mais de 4 mil
procedimentos.
A equipe, composta por médico acupunturista, médico
homeopata, psicólogo, educador físico e duas técnicas educacionais, faz
atendimentos – individuais e em grupos – utilizando alongamento, cultivo de
plantas medicinais, Lian Gong, Tai Chi Pai Lin, ginástica, pilates, meditação,
entre outros.
Cada tratamento é estruturado a partir do Projeto
Terapêutico Singular (PTS), formulado entre a equipe multiprofissional e com a
participação do paciente.
Desde novembro de 2022, Leonildo Rodrigues Júnior,
de 50 anos, frequenta semanalmente o Polo PICS para tratamento complementar
após sofrer uma paralisia facial do lado esquerdo. “A sensibilidade do meu
rosto melhorou muito com a ventosa e a auriculoterapia. Percebi um resultado
mais rápido quando comecei a fazer essas técnicas”, ressalta.
Dona Sebastiana Oliveira de Souza, de 70 anos,
também reconhece o diferencial do atendimento oferecido no Polo. Há dois meses,
ela está em atendimento na unidade por conta de dores na região lombar. “Com
esse tratamento eu fiquei com mais esperança vendo o resultado de melhora. Aqui
a gente é tratado muito bem. A gente fica mais animada porque vejo que tá dando
resultado. Cada dia está sendo melhor”, finaliza.
CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João
Amorim”
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