Conversar sobre
sustentabilidade dentro da sala de aula é a primeira etapa para proteger o
futuro
Em 1990, o robô Voyager 1 tirou uma fotografia do
planeta Terra de uma distância de seis bilhões de quilômetros e a mesma parecia
um mero pontinho azul. O famoso astrônomo Carl Sagan denominou a foto como “O
Pálido Ponto Azul”, levantando a reflexão sobre a responsabilidade que temos de
cuidar uns dos outros e do nosso planeta.
Exatos 33 anos após a imagem, o mundo está em
estado de alerta vermelho. Nos últimos anos, enquanto o frio extremo atingia o
sul do Brasil, vários países do Hemisfério Norte registraram recordes de calor,
e no mesmo mês, chuvas fora dos padrões inundaram cidades na China e na
Alemanha provocando centenas de mortes. A pauta central que preocupa as
autoridades é o impacto das ações humanas que estão sufocando o planeta.
Conversar sobre sustentabilidade não é novidade,
apesar de ser um tema que possui muita teoria e pouca prática. “O futuro que
estamos montando para os jovens e crianças deve ser reavaliado e a educação é a
principal ferramenta para nos ajudar a colocar a mão na massa”, aponta Marizane
Piergentile, diretora de educação das unidades do ABCDM e Baixada Santista do
Colégio Adventista. “É essencial apresentar pautas sobre educação ambiental aos
pequenos, ajudando-os a criar desde cedo uma linha de consciência ecológica
para que no futuro se tornem profissionais bem preparados para lidar com assuntos
ambientais dentro das empresas”, reflete.
A educação ambiental pode existir e ser permanente
daqui para frente, mas para isso é necessário um plano de ensino que prepare os
professores para ter essa conversa dentro da sala de aula. “A partir de agora é
de extrema importância que os governos trabalhem para disponibilizar materiais
didáticos sobre o tema para todas as regiões, além de aplicar investimentos na
infraestrutura escolar para que possamos acolher essa discussão”, explica a
diretora.
Não é tarde para entender que é dever de todo
cidadão e cidadã buscar por informações sobre o ambiente que vive, afinal de
contas, faz parte da lei natural do planeta. Ao pesquisar sobre esse tema, as
noções de sobrevivência são captadas instintivamente, abrindo a consciência
para novas formas de pensar que contribuem para a preservação da única casa que
conhecemos: o pálido ponto azul.
Marizane Piergentille
marizane.fenske@adventistas.org.br
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