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segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Especialista dá dicas de como se organizar financeiramente para 2023

Cartão de crédito é o principal motor das dívidas entre os inadimplentes no Brasil

O período de fim de ano representa não só momentos de festas e comemorações, mas também de se organizar para o ano que vai começar, incluindo financeiramente. No entanto, poucas pessoas conseguem manter as promessas feitas, criar novos hábitos financeiros para o ano novo e se organizar para alcançar as metas e objetivos desejados.

Para o economista Isaías Matos, é importante que as pessoas aproveitem este período de encerramento de ano para organizar as finanças, garantindo uma vida financeira estável e maior qualidade de vida. Esta importância se deve, principalmente, porque o número de pessoas com dívidas em atraso no Brasil voltou a bater recorde pelo nono mês consecutivo.

De acordo com o Serasa Experian, em setembro o país contava com 68,39 milhões de inadimplentes, um aumento de 420 mil pessoas em relação ao mês anterior. Ainda segundo a instituição, o cartão de crédito é o principal motor das dívidas entre os inadimplentes.

“Começar a se organizar nas compras do cartão de crédito é um primeiro passo importante ao se pensar em organização financeira. Compras no crédito não deixam de ser uma dívida e devem ser feitas apenas em momentos de extrema necessidade. Muitas pessoas se endividam porque acabam se iludindo com o valor do limite de crédito e não conseguem pagar a fatura”, pontua Isaias, que também é professor da Rede UniFTC.


Dicas de organização financeira

A primeira atitude que pode ser tomada agora em dezembro é uma retrospectiva do ano de 2022. “Faça, então, uma autoavaliação minuciosa das suas contas do ano anterior, sendo sincero em todos os aspectos possíveis. Aconselho pensar no que deu certo e no que é possível promover melhoras”, destaca o economista.

Outro ponto importante é tentar quitar as dívidas já existentes ou priorizar que esta situação seja rapidamente resolvida. “Anote o valor de cada dívida e os juros cobrados para iniciar o processo de negociação. Neste período, inclusive, pode-se até aproveitar que algumas empresas fazem o feirão negociação das dívidas”.

Por fim, o professor da UniFTC, Isaias Matos, também recomenda que seja feita uma planilha de orçamento financeiro pessoal e que nela seja priorizada a criação de uma reserva de emergência. “Colocar um teto de gastos em cada categoria de despesas é essencial para fechar cada mês com o saldo positivo. Dentro deste saldo positivo também pode-se retirar o valor para criação da reserva de emergência, que ajuda em momentos imprevistos. O ideal é que esta reserva tenha 6 vezes o valor do gasto mensal da pessoa”, finaliza.


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