Pressão e volume
do jato devem ser observados, alerta especialista do Hospital Paulista
A lavagem nasal deve ser realizada diariamente com
soro fisiológico, desde a pequena infância – a partir de um ano de idade, pois
melhora o fluxo do sistema respiratório e reduz a probabilidade de infecções
nas vias aéreas. No entanto, conforme o otorrinolaringologista Fabiano Haddad
Brandão, do Hospital Paulista, a pressão e o volume do jato devem ser
observados.
“O ideal é que seja um hábito como escovar os dentes, de duas a três vezes por
dia”, recomenda o especialista. “No entanto, quando muita força é empregada no
jato, ou com volume acima do indicado, especialmente em crianças (até 30 ml por
cavidade), podem ocorrer otites e até crises de pneumonia”, reitera.
O médico adverte que a lavagem nasal de alto volume (120 ml), muito incentivada
e divulgada, não deve ser realizada nos pequenos, chamando a atenção para o
aumento de casos de infecções e inflamações no ouvido, por conta da lavagem
incorreta do nariz, neste público.
Dr. Fabiano, que é especialista em rinologia e otorrino pediatria, destaca
ainda que a posição correta para realizar a lavagem nasal nas crianças é
sentada ou em pé, com a cabeça um pouco levantada, podendo ser realizada com
conta-gotas ou seringa de até 5ml.
Quando adulto, segundo ele, a cabeça deve ser tombada para um dos lados. “O dispositivo
deve ser apertado continuamente, com pouca força, até a metade do volume. A
outra parte deve ser aplicada na outra cavidade, com a cabeça tombada para o
lado oposto”, explica.
O médico ressalta que, somente para os adultos, a quantidade recomendada é de
120 ml, o que caracteriza a lavagem de alto volume, comprovadamente suficiente
para limpar também os seios da face.
Além de aliviar a congestão nasal, a limpeza diária das vias aéreas também é
uma forte aliada na prevenção da rinite, sinusites, asma e bronquite.
“Se você está lavando o nariz diariamente e continua com o nariz secretivo,
gripe, resfriado, crise de rinite alérgica ou sinusites, o indicado é procurar
um otorrino”, finaliza.
Hospital Paulista de
Otorrinolaringologia
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