Itens cotados para presentear na data também tiveram crescimento de 9,02%, aponta FecomercioSP
Os produtos e ingredientes típicos da ceia de Natal estão 15,61% mais caros em
2022 do que um ano atrás. Levantamento da Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta que o aumento
médio, nos últimos 12 meses, de alimentos e bebidas representa crescimento de
8,05% acima da inflação oficial geral na Região Metropolitana de São Paulo
(RMSP).
Os dados têm como base o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim como os produtos
alimentícios, os itens procurados para presentear na data também vão deixar o
Natal mais salgado. Estes tiveram reajuste de 9,02% no período – crescimento
real acima da inflação de 1,89%.
A cebola foi o item que mais subiu (137,74%), resultado dos problemas
climáticos e da redução da oferta no País. A tradicional batata-inglesa e o ovo
de galinha apresentaram variações de 22,75% e 19,79%, respectivamente. O azeite
também pesará mais no bolso, com alta de 8,85%. O pescado, produto comum
durante as festas, apontou incremento de 6,24% – índice próximo da inflação
oficial, de 6,99%. O frango inteiro subiu, em média, 11,69%. As carnes tiveram
leve aumento de 3,85% nos últimos 12 meses.
Por outro lado, o arroz, tradicional acompanhamento, está 1,89% mais barato,
assim como o tomate, que caiu 27,41%. Ainda assim, alimentos que podem compor a
entrada ou a sobremesa do cardápio natalino estão mais caros: as frutas
aumentaram 35,21%, e o queijo, 13,92%. Para a receita da rabana, o consumidor
também terá de desembolsar mais neste ano: o leite longa vida subiu 26,04%; o
pão francês, 19,48%; e o ovo, 19,79% (já citado acima).
De acordo com a FecomercioSP, não há outra alternativa a não ser “bater perna”
e pesquisar os valores em supermercados e feiras. Nestas últimas, a sugestão é
aproveitar os descontos das “xepas”. Dar preferência a frutas da estação também
é uma boa opção para economizar. Já nos supermercados, são comuns as ofertas
diárias, o consumidor só precisa ficar atento aos canais de comunicação destes
estabelecimentos.
Vestuários e brinquedos tiveram maior alta em 12 meses
Os dados da FecomercioSP também apontam que os itens de consumo mais procurados
para presentear no Natal apresentaram alta de 9,02%.
Vestuários e calçados lideram os reajustes. Os vestidos encareceram 27,87%, ao
passo que as calças femininas estão 27,42% mais caras. A calça infantil e o
tênis registraram crescimentos de 24,84% e 23,54% respectivamente.
A demanda e a época não são as grandes responsáveis pela inflação no segmento,
mas o encarecimento do custo produtivo, do algodão, do poliéster, dos tecidos e
das malhas. Cenário este recorrente desde o início do ano.
Os brinquedos também subiram 20,06% em 12 meses. Além disso, quem optar por
perfumes ou artigos de maquiagem deve pagar, em média, 11,54% e 9,31% a mais.
Joias e bijuterias, assim como relógio de pulso, apontaram altas de 5,39% e
5,28%, respectivamente. No sentido contrário, o televisor teve queda no valor
(-7,17%) – item bastante procurado durante a pandemia e agora, na Copa do
Mundo.
Diante do aumento de preços acima da inflação média da RMSP, os consumidores –
que estão em nível recorde de inadimplência – terão de gastar mais caso queiram
os mesmos produtos de 2021.
FecomercioSP
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