Há algum tempo éramos ensinados, isso lá na 5ª série, que no nosso planeta existiam recursos de dois tipos, os renováveis e os não renováveis. Por isso, crescemos com uma mensagem no subconsciente que era importante fazer um uso racional dos recursos que temos à disposição.
A verdade é que nos acostumamos a utilizar os
recursos disponíveis com tal velocidade que os que chamamos de renováveis
também poderiam ser classificados como não-renováveis. É bastante provável que
a maioria das pessoas nem tenha se dado conta disso.
E esse tipo de pensamento, incutido lá atrás,
começa a dar efeito nos tempos de hoje, e também é alimentado pela discussão a
respeito das mudanças climáticas e ambientais que o mundo sofre. De
acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte, 82% dos executivos
brasileiros dizem que investir em práticas ambientalmente sustentáveis traz
benefícios econômicos de longo prazo.
Esse dado evidencia que a busca pelo crescimento ou
pelo lucro deve considerar a preocupação com o desenvolvimento sustentável. Por
muitos anos, ouvimos que era necessário que as corporações buscassem crescer a
qualquer custo, e o meio ambiente passava à margem desta discussão.
Na atualidade, no entanto, o pensamento no meio
executivo é quase que 100% contrário. No início, apostar em crescer sustentavelmente
pode gerar mais despesas, como o uso do papel sulfite, por exemplo. É
claro que as empresas continuam e continuarão visando o lucro, essa é uma razão
fundamental de sua existência, porém, se demonstram mais abertas a considerar
outros elementos, como a saúde física e mental dos colaboradores. Essa
demonstração de mudança de pensamento é importante para que possamos enxergar
que, apesar de ainda estar longe do ideal, temos evoluído quando o assunto é a
corrida do lucro empresarial.
Esse comprometimento com o meio ambiente deve fazer
parte da estratégia da empresa, do seu dia a dia, portanto. Numa gestão por
OKRs - Objectives and Keys Results (Objetivos e Resultados Chaves)
-, deve aparecer nos objetivos da companhia e assim ser entendido e praticado
rotineiramente por todos, do CEO ao estagiário. Inclusive, toda decisão em prol
do planeta pode e deve ser descrita nos OKRs, ferramenta de gestão ágil que tem
em suas premissas a contribuição bottom up por parte dos colaboradores de uma
empresa, independente de seu cargo, onde eles podem ser convidados a propor
contribuições para esta agenda. Isso além de tornar mais fácil a prática de
medidas sustentáveis, engajará mais pessoas.
No fim, o mais importante é evoluírmos nossa
consciência em torno desta agenda sustentável do ponto de vista da natureza
(ESG) e do homem (saúde mental), em que o lucro ceda mais espaço para estes
temas, e que eles
Pedro
Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão,
com ênfase em OKR. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é
responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida
implementação da ferramenta nas Américas. http://www.gestaopragmatica.com.br/
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