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terça-feira, 12 de julho de 2022

Reposição hormonal em homens – como e quando fazer?


Alguns homens experimentam, por diversas causas, a queda dos níveis da testosterona. Nessas situações, esses pacientes podem se beneficiar do uso da testosterona, sendo essa chamada de reposição hormonal em homens.

 

A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica abaixo para que serve a reposição hormonal em homens, quais os tipos de reposição e quando devem ser indicadas.

 

● Para que ela serve a reposição hormonal em homens?

A terapia de reposição hormonal na andropausa serve para elevar novamente os níveis de testosterona desses homens a patamares normais, com isso reduzindo os sintomas relacionados a essa queda.

 

● Quais os tipos de reposição hormonal existem atualmente?

Existem várias formas de terapia de reposição hormonal em homens. Todas são sistêmicas. As opções são: reposição de testosterona por via transdérmica, ou seja, por géis absorvidos pela pele; reposição de testosterona por via intramuscular através de injeções, reposição de testosterona por meio de implantes hormonais inseridos no subcutâneo e trocados a cada 6 meses, e reposição via oral, através de comprimidos.

 

● O que é reposição hormonal natural? Ela funciona?

Muitas vezes se chama de “reposição natural” a feita com hormônios bioidênficos ou chamados de isomoleculares. Quando feita com esses hormônios, geralmente os efeitos colaterais são menores. No entanto, muitas vezes, alguns profissionais chamam de “reposição hormonal natural” a que é feita com fitoterápicos ou outras formas que não a testosterona em si, nesses casos, não há evidências científicas de que funcione.

 

● Qual a duração da terapia?

A duração da terapia depende do motivo para o qual ela foi indicada. Em casos de situações de hipogonadismo (queda dos níveis de testosterona) definitivo, a terapia é para sempre. Em casos do que chamamos de hipogonadismo funcional, onde a queda dos níveis da testosterona pode estar associada a doenças crônicas mal controladas como diabetes, hipertensão arterial sistêmica, obesidade, o tratamento adequado dessas doenças pode fazer com que o organismo do paciente volte a produzir testosterona, não sendo mais necessária a terapia de reposição hormonal. Nesses casos a terapia duraria até o momento do controle da doença crônica e restauração da produção normal de testosterona.

 

● Para quem ela é indicada?

A terapia de reposição de testosterona é indicada para homens que tenham, por algum motivo a queda dos níveis de testosterona, situação que é denominada hipogonadismo. Existem várias causas do hipogonadismo que podem ser transitórias ou definitivas. Causas de hipogonadismo definitivo são condições genéticas, presentes no paciente desde o nascimento (congênitas) como a Síndrome de Klinefelter ou o Hipogonadismo hipogonadotrófico isolado, qualquer situação cirúrgica ou inflamatória que interrompa a função da hipófise (glândula localizada no sistema nervoso central) ou dos testículos. Há também as situações, possivelmente transitórias, como a queda dos níveis de testosterona associada ao envelhecimento (andropausa), ou a doenças crônicas mal compensada como diabetes e obesidade, onde também, por haver queda dos níveis da testosterona, sua reposição está indicada.

 

● Quais os principais benefícios da reposição hormonal masculina?

Os benefícios da reposição hormonal masculina são restaurar a sensação de bem-estar, melhorar a libido, diminuir a sensação de fadiga, potencial de melhora da disfunção erétil, até mesmo melhora de massa muscular e saúde óssea.

 

● Quando a terapia não é recomendada?

A terapia não é recomendada em algumas situações como em alguns cânceres que poderiam ter seu crescimento estimulado por hormônios, situações de alto risco cardiovascular ou de doenças algumas crônicas descompensadas.

 

 

● A terapia tem efeitos colaterais? Se sim, quais?

Quando a terapia de reposição hormonal é bem indicada e tem como proposta somente a elevação da testosterona para níveis fisiológicos, dificilmente veremos efeitos colaterais relacionadas à testosterona em si. Os efeitos colaterais podem estar associados aos métodos empregados como infeções no local de colocação de um implante subcutâneo, ou da injeção do medicamento quando intramuscular.

 

 Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista e doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

https://endocrino.pro/

www.amato.com.br

https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/


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