Alguns
homens experimentam, por diversas causas, a queda dos níveis da testosterona.
Nessas situações, esses pacientes podem se beneficiar do uso da testosterona,
sendo essa chamada de reposição hormonal em homens.
A
endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica abaixo para
que serve a reposição hormonal em homens, quais os tipos de reposição e quando
devem ser indicadas.
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Para que ela serve a reposição hormonal em homens?
A
terapia de reposição hormonal na andropausa serve para elevar novamente os
níveis de testosterona desses homens a patamares normais, com isso reduzindo os
sintomas relacionados a essa queda.
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Quais os tipos de reposição hormonal existem atualmente?
Existem
várias formas de terapia de reposição hormonal em homens. Todas são sistêmicas.
As opções são: reposição de testosterona por via transdérmica, ou seja, por
géis absorvidos pela pele; reposição de testosterona por via intramuscular
através de injeções, reposição de testosterona por meio de implantes hormonais
inseridos no subcutâneo e trocados a cada 6 meses, e reposição via oral,
através de comprimidos.
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O que é reposição hormonal natural? Ela funciona?
Muitas
vezes se chama de “reposição natural” a feita com hormônios bioidênficos ou
chamados de isomoleculares. Quando feita com esses hormônios, geralmente os
efeitos colaterais são menores. No entanto, muitas vezes, alguns profissionais
chamam de “reposição hormonal natural” a que é feita com fitoterápicos ou
outras formas que não a testosterona em si, nesses casos, não há evidências
científicas de que funcione.
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Qual a duração da terapia?
A
duração da terapia depende do motivo para o qual ela foi indicada. Em casos de
situações de hipogonadismo (queda dos níveis de testosterona) definitivo, a
terapia é para sempre. Em casos do que chamamos de hipogonadismo funcional,
onde a queda dos níveis da testosterona pode estar associada a doenças crônicas
mal controladas como diabetes, hipertensão arterial sistêmica, obesidade, o
tratamento adequado dessas doenças pode fazer com que o organismo do paciente
volte a produzir testosterona, não sendo mais necessária a terapia de reposição
hormonal. Nesses casos a terapia duraria até o momento do controle da doença
crônica e restauração da produção normal de testosterona.
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Para quem ela é indicada?
A
terapia de reposição de testosterona é indicada para homens que tenham, por
algum motivo a queda dos níveis de testosterona, situação que é denominada
hipogonadismo. Existem várias causas do hipogonadismo que podem ser transitórias
ou definitivas. Causas de hipogonadismo definitivo são condições genéticas,
presentes no paciente desde o nascimento (congênitas) como a Síndrome de
Klinefelter ou o Hipogonadismo hipogonadotrófico isolado, qualquer situação
cirúrgica ou inflamatória que interrompa a função da hipófise (glândula
localizada no sistema nervoso central) ou dos testículos. Há também as
situações, possivelmente transitórias, como a queda dos níveis de testosterona
associada ao envelhecimento (andropausa), ou a doenças crônicas mal compensada
como diabetes e obesidade, onde também, por haver queda dos níveis da
testosterona, sua reposição está indicada.
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Quais os principais benefícios da reposição hormonal masculina?
Os
benefícios da reposição hormonal masculina são restaurar a sensação de
bem-estar, melhorar a libido, diminuir a sensação de fadiga, potencial de
melhora da disfunção erétil, até mesmo melhora de massa muscular e saúde óssea.
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Quando a terapia não é recomendada?
A
terapia não é recomendada em algumas situações como em alguns cânceres que
poderiam ter seu crescimento estimulado por hormônios, situações de alto risco
cardiovascular ou de doenças algumas crônicas descompensadas.
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A terapia tem efeitos colaterais? Se sim, quais?
Quando
a terapia de reposição hormonal é bem indicada e tem como proposta somente a
elevação da testosterona para níveis fisiológicos, dificilmente veremos efeitos
colaterais relacionadas à testosterona em si. Os efeitos colaterais podem estar
associados aos métodos empregados como infeções no local de colocação de um
implante subcutâneo, ou da injeção do medicamento quando intramuscular.
Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista e doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria.
https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/
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