Presença da proteína TDP-43 contribui para uma maior chance de desenvolver doenças neurodegenerativas.
A demência, também conhecida como transtorno neurocognitivo maior, é caracterizada pelo declínio progressivo de funções cognitivas, afetando a memória, linguagem, raciocínio e capacidade de aprendizado.
O termo demência, entretanto, não define apenas uma doença, ele é utilizado para descrever uma série de sintomas e sinais neurológicos que podem ser resultado de diversas doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, por exemplo.
De acordo com um novo estudo chamado “Associação de cognição e demência com alterações neuropatológicas da doença de Alzheimer e outras condições em idosos” em português, a presença da proteína TDP-43 está relacionada com uma maior chance de desenvolver a patologia.
Essa visão também é reforçada pelo PhD neurocientista e biólogo Dr. Fabiano de Abreu Agrela, que explica um pouco mais da relação entre a proteína e o desenvolvimento de quadros de demência.
“A presença de encefalopatia da proteína TDP-43 (codificada pelo gene TARDBP) relacionada à idade predominante no sistema límbico está associada a uma maior probabilidade de diagnóstico de demência.”
“A proteína TDP-43 está envolvida no processamento de moléculas chamadas RNA mensageiro (mRNA), que servem como modelos genéticos para a produção de proteínas. Ao cortar e reorganizar as moléculas de mRNA de diferentes maneiras, a proteína TDP-43 controla a produção de diferentes versões de certas proteínas.” Afirma.
O Dr. Fabiano de Abreu ressalta, ainda, a importância de cuidados preventivos para doenças neurodegenerativas, atualmente, não existem tratamentos efetivos para retardar o aparecimento de quadros de demência, sua prevenção consiste basicamente em exercícios cognitivos e mudanças de hábitos.
“Apesar da idade ser o maior fator de risco para demência, nem todas as pessoas desenvolvem demência, mesmo com idade muito avançada. O papel em minhas pesquisas é contribuir para práticas de prevenção para doenças neurodegenerativas pela idade.”
“Venho praticando métodos com o meu pai de 81 anos que sofre de depressão e diabetes e ele vêm se saindo muito bem. Os mesmos pratico a minha mãe de 75 anos, temos que levar em consideração que mulheres têm mais chances de neurodegeneração devido aos hormônios.” Pontua.
Dr. Fabiano de Abreu Agrela, - PhD em
neurociências, mestre em psicologia, licenciado em biologia e história; também
tecnólogo em antropologia com várias formações nacionais e internacionais em
neurociências. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH),
Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de
Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da
Redilat - La Red de Investigadores Latino-americanos, do comitê científico da
Ciência Latina, da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências
do mundo nos Estados Unidos e professor nas universidades; de medicina da UDABOL
na Bolívia, Escuela Europea de Negócios na Espanha, FABIC do Brasil,
investigador cientista na Universidad Santander de México e membro-sócio da
APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário