Professores do
Curso de Graduação em Farmácia da Universidade Cruzeiro do Sul e da
Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), explicam por que as pessoas não
devem realizar o procedimento sem antes consultar um especialista
Seja pela correria do dia a dia ou por uma simples
indisposição, muitos brasileiros realizam a automedicação sem o consentimento
de um profissional e isso acaba gerando sérios problemas para quem comete o
procedimento. Diante disso, os professores do Curso de Graduação em Farmácia da
Universidade Cruzeiro Do Sul e da UNICID, instituições da Cruzeiro do Sul
Educacional, Prof. Dr. José Artur da Silva Emim, Profa. Ma. Luciane Gomes Faria
e Profa. Ma. Camilla de Paula Pereira Uzam, fornecem dicas e orientações sobre
os males destas ações.
Segundo os docentes, a automedicação nunca é
correta. “Se automedicar pode trazer riscos à saúde, pois a combinação de medicamentos
prescritos e automedicados, gera efeitos nocivos no nosso corpo que podem,
inclusive, causar a morte”, explicam.
O uso incorreto de medicamentos pode levar ao
agravamento de doenças, intoxicação, aparecimento de reações adversas graves e
à resistência a antibacterianos, explica o Prof. José Artur. Ou seja, a
automedicação é capaz de produzir ainda, eventuais interações entre os
medicamentos utilizados, anulando ou aumentando os efeitos deles.
Já a farmacêutica Ma. Luciane Gomes Faria, explica
que o conhecimento sobre as doenças e seus tratamentos exige uma formação
específica e complexa. “O médico, o enfermeiro e o farmacêutico são os
profissionais da saúde habilitados para prestar orientações dentro dos seus
limites éticos, sobre o uso correto de medicamentos”, salienta.
Muito comum na vida dos brasileiros, o número de
pessoas que se automedicam não para de crescer e entre os principais motivos
estão: indisposição de ir até um posto de saúde, tratamento precoce,
dificuldade de conseguir uma consulta, propagandas excessivas de determinados
remédios, entre outros.
A farmacêutica Ma. Camilla de Paula Pereira Uzam,
explica que o uso incorreto de fármacos pode mascarar os sintomas e o
diagnóstico de doenças, pois se utilizados incorretamente, abre a possibilidade
da alteração das respostas dos indivíduos aos efeitos terapêuticos desses
agentes, como acontece, por exemplo, na resistência aos antibacterianos.
“A realização sem o consentimento de um
especialista, é uma alternativa perigosa de imediatismo encontrada para que o
cidadão não tenha que enfrentar os serviços de saúde. Isso também representa
uma questão cultural embutida em nossa sociedade, notadamente pelo crescimento
das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e do processo de medicalização
da saúde”, comenta Camilla.
O professor Dr. José Artur, ressalta que para
combater a ingestão de remédios por conta própria, são necessárias campanhas de
educação em saúde que promovam o empoderamento das pessoas, principalmente dos
idosos, desestimulando essa prática perigosa, e promovendo o uso racional e
adequado de medicamentos, além da promoção da saúde individual e coletiva da
população. “É de extrema importância que todos estejam conscientes de que não
existe medicamentos isentos de riscos”, complementa.
De acordo com o farmacêutico, o uso adequado de
medicamentos pode tratar doenças, minimizar danos e melhorar a qualidade de
vida das pessoas. No entanto, o uso de substâncias sem orientação adequada e de
maneira indiscriminada, representa um grave problema em nível de saúde pública,
podendo causar danos severos à saúde humana como as reações adversas a
medicamentos (RAM) e, em casos mais graves, as intoxicações medicamentosas.
Por fim, os professores farmacêuticos alertam que o
uso de cinco ou mais medicamentos simultaneamente (prescritos e automedicados),
conhecido como polifarmácia, pode representar um sério agravo à saúde,
notadamente, em idosos, onde a população aumenta significativamente desde o
século XX e são potenciais consumidores de remédios.
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