Exame de
ressonância magnética é fundamental no diagnóstico da doença
Um levantamento realizado pela Fundação Instituto
de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) -- gestora de serviços de
diagnóstico por imagem em na rede pública -- aponta que, de 2020 para 2021, o
número de exames com diagnóstico de esclerose múltipla cresceu 30% na rede
pública onde FIDI atua (foram 262 casos em 2020 e 341 em 2021). Até o começo de
maio de 2022, a organização fez 88 diagnósticos da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, 2,8 milhões de
pessoas vivem com esclerose múltipla no mundo e, no Brasil, aproximadamente 40
mil pacientes são acometidos pela doença.
A esclerose múltipla é uma doença neurológica
autoimune provocada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que
comprometem os neurônios do sistema nervoso central. A doença atinge geralmente
pessoas entre 20 e 40 anos de idade, predominantemente mulheres, e as causas
envolvem predisposição genética com uma combinação de fatores ambientais, como
exposição ao sol, tabagismo e obesidade, que funcionam como um “gatilho” para a
manifestação da doença.
“Existem quatro graus de esclerose, sendo definidos
pela quantidade e duração dos surtos clínicos, em que o paciente pode ter a
perda de força de um ou mais membros, dormências e/ou formigamentos nos pés,
mãos (distúrbios de sensibilidade) e tontura que pode estar associada a náusea,
vômitos, tremores, alterações na fala, dificuldade para caminhar e
desequilíbrio. Nos graus mais leves, esses surtos podem durar dias ou semanas e
desaparecerem, com recuperação completa das possíveis sequelas. Já nos graus
mais graves da doença, os surtos são mais frequentes e podem causar declínio
neurológico constante do paciente, podendo ou não haver recuperação dos
sintomas após os surtos”, alerta Igor Santos, médico radiologista e superintendente
de FIDI.
Diagnóstico e Tratamento
Os primeiros sintomas da doença são sutis e
geralmente desaparecem depois de alguns dias, o que torna difícil o diagnóstico
na fase inicial da doença. O paciente pode sentir formigamentos, dificuldade de
andar, falta de equilíbrio e visão turva.
“O diagnóstico de esclerose múltipla é basicamente
clínico, mas já existem exames laboratoriais e de imagem que ajudam a
confirmá-lo e a acompanhar o seu progresso. A ressonância magnética (RM) é um
exame de imagem fundamental para o diagnóstico da EM, pois permite a
visualização das lesões no cérebro e medula espinhal”, explica Igor.
Embora ainda não haja cura, há tratamentos eficazes
que aumentam as chances de remissão da doença, ou seja, o paciente passa anos
sem apresentar sintomas ou surtos clínicos. A esclerose múltipla é controlada
com remédios, como os imunomoduladores e imunossupressores e a prática de
exercícios físicos e reabilitação auxiliam na melhora da qualidade de vida e de
possíveis sequelas.
FIDI
- Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em
assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de
soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino,
pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.
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