Com o avanço das tecnologias ficou ainda mais evidente as diferenças entre as gerações de profissionais no mercado de trabalho. A mais recente, a geração Z, nasceu em um mundo digitalizado, praticamente conectado graças à Internet e aos inúmeros aplicativos de comunicação, algo que não existia em um passado não tão distante, na época em que os Baby Boomers nasceram.
Mas quando esses diferentes perfis de pessoas -
Baby Boomers, gerações, X, Y, Millenials e geração Z - se encontram no mercado
de trabalho é quando acontecem os já conhecidos “conflitos de gerações”. Isso
se dá principalmente pelas visões de vida distintas dos indivíduos que nasceram
em determinada época. Estamos falando de relacionamentos, trabalho, valores,
realização pessoal.
Mas então qual seria a melhor forma de realizar a
gestão desses colaboradores para amenizar essas diferenças e não comprometer
sua produtividade?
Cabe aos líderes de suas áreas desenvolver maneiras
de se comunicar com cada público de forma clara, identificando as
particularidades de cada um e usando-as como ferramentas para motivá-los e
extrair o melhor de cada talento.
Mas quem são as pessoas de cada geração?
Os Baby Boomers são aqueles indivíduos nascidos
entre 1940 (época da Segunda Guerra Mundial) e 1960. São mais conservadores e
buscam estabilidade no emprego e um bom plano de carreira. Podem apresentar
alguma dificuldade de adaptação às novas tecnologias, mas possuem a experiência
a seu favor. Estão acostumados a uma liderança de comando e controle de
atividades.
A geração X é composta pelos nascidos entre 1960 e
1980. São pessoas que nasceram no início da revolução tecnológica. Almejam
estabilidade no emprego, mas são adaptáveis aos novos modelos de trabalho. São
comprometidos com a carreira mas possuem um senso de independência e
empreendedorismo e apreciam feedbacks de seus superiores.
Os nascidos entre 1980 e os anos 2000 compõem a
geração Y, ou “Millennials”. Eles vivenciaram a maioria dos avanços
tecnológicos e quebra de paradigmas que conhecemos atualmente. Por terem
acompanhado o processo de globalização, tendem a ser mais pessoas mais
flexíveis, menos tradicionalistas e buscam objetivos profissionais maiores.
Viram o início da Internet e o desenvolvimento das tecnologias de comunicação,
estão mais acostumados com a tecnologia do que as gerações anteriores. Buscam
ocupar cargos de liderança desde cedo, são multidisciplinares, inovadores e não
se prendem apenas a bons salários quando buscam por uma oportunidade no mercado
de trabalho.
Os indivíduos nascidos a partir do ano 2000 fazem
parte da geração Z. Nasceram junto com a ascensão da tecnologia e estão
bastante familiarizados com ela, não tendo problemas em trabalhar de forma
virtual e remota. São mais imediatistas e individualistas, reflexo da
tecnologia atual, e levam o seu mundo na palma da mão, graças a recursos como
smartphones e tablets. Vivem em ritmo acelerado, são questionadores e impacientes.
Não se apegam a construir uma carreira em uma empresa como um Baby Boomer, e se
houver uma oportunidade mais interessante não hesitam em mudar de emprego.
Preferem ambientes de trabalhos horizontalmente hierárquicos, motivadores e
participativos. São talentos mais difíceis de reter em uma organização.
O líder moderno deve ter habilidade para entender
as necessidades humanas e as particularidades individuais de cada geração, além
de reconhecer que cada uma delas é impactada de forma única e de acordo com
suas experiências, histórias de vida, momento atual, expectativas futuras,
entre diversos outros aspectos.
Status, autonomia, relacionamento, entre outros,
são importantes fatores motivacionais e isso, certamente, varia para cada
indivíduo. Aquela afirmação de que uma recompensa financeira é o suficiente
para manter a equipe motivada, não serve mais. As pessoas são diferentes e saber lidar com essas diferenças e expectativas, será um
grande diferencial para as organizações.
Edi Carlos Andrade - Diretor de Talentos Humanos da
Ninecon
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