O médico Ramon de Mello afirma que o produto tem
substâncias cancerígenas
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está na fase de Tomada Pública de Subsídios para receber informações técnicas a respeito dos cigarros eletrônicos. Em 2009, a agência publicou resolução proibindo o produto, mas o processo agora passa por discussão e atualização de informações técnicas.
“Não há dúvidas de que a proibição deve ser mantida. Qualquer tipo de consumo de tabaco, mesmo por cigarros eletrônicos, é extremamente prejudicial à saúde”, alerta o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal.
Denominados como vapers, os cigarros eletrônicos trazem substâncias cancerígenas como acetona, etilenoglico, formaldeído, entre outros elementos nocivos ao organismo. “Os jovens são atraídos para um produto que consideram erroneamente livre de prejuízos à saúde. Vários estudos já comprovaram os males desses cigarros”, destaca Ramon de Mello.
Pesquisa da OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que o tabaco lidera as causas de mortes evitáveis em todo o mundo, respondendo por mais de 60% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). “Entre elas, 30% desses óbitos são de pacientes com algum tipo de câncer como aqueles que afetam pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, entre outros”, afirma o oncologista.
Ramon de Mello ressalta que os fumantes têm 15 vezes mais chances de desenvolver câncer de pulmão, por exemplo, do que as pessoas que nunca fumaram: “O tabagismo é devastador para a saúde”.
Dr.
Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert
Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.
https://ramondemello.com.br/
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