Além das vantagens
de dolarizar o patrimônio, Leandro Sobrinho, empreendedor e investidor em
negócios imobiliários na Flórida, traz algumas dicas para os brasileiros
Quem deseja empreender no Brasil, Estados Unidos ou
em qualquer país já sabe que vai enfrentar uma série de desafios, pois a
atividade empreendedora demanda resiliência e estratégia para se ajustar às
oscilações de mercado e economia. No Brasil, muito ouvimos falar sobre os
desafios do empreendedor, sistema tributário complexo e escalonado, legislação
trabalhista, variação cambial, entre vários outros.
Mas, e nos Estados Unidos? Será que é assim? De
acordo com o Leandro Otávio Sobrinho, sócio da Raise Investor, não. Empreender em solo
americano é mais simples e menos burocrático. Porém, o primeiro passo antes
mesmo de definir o segmento é checar se o objetivo é imigrar para os EUA ou
apenas investir em solo americano. Pois imigrar demanda se qualificar para tal,
já fazer apenas o investimento é muito mais simples e nem precisa sair do
Brasil.
Além dessa reflexão importante, o empreendedor que
se lança nessa arrojada jornada precisa desenvolver algumas habilidades como
autoconfiança, persistência, comprometimento, buscar por oportunidades e
conhecimento para criar com inovação. “Outros fatores determinantes são o
planejamento financeiro, estudo de mercado para a área desejada e, em especial,
humildade cultural, entender como pensa o consumidor americano, seus hábitos e
desejos para não achar que apenas uma boa ideia que dá frutos no Brasil será
também bem aceita em solo estrangeiro. Tudo isso é necessário para que ele não
ponha a perder o capital investido e ainda sair com um passivo do negócio”, revela.
Criar conexões, rede de relacionamento que possa
auxiliar no alcance dos objetivos propostos, que podem trazer impactos
positivos para a expansão e desenvolvimento dos projetos é fundamental. “Todo
esse esforço vai ajudar a identificar novas oportunidades de negócios e compor
o pilar de realização para qualquer empreendimento”, aponta Leandro.
Uma outra característica nata do brasileiro e que
pode ajudar muito a ter sucesso, na opinião de Leandro, é a capacidade de
improviso. “O empreendedor brasileiro tem jogo de cintura, sacada de se adaptar
a situações adversas, fazendo pequenos ajustes para continuar no curso do
negócio, para se diferenciar de outras empresas do mesmo segmento e, às vezes,
se colocando em um patamar infinitamente superior a outras. É a competência de
se adaptar a pequenas situações sem ficar reclamando”, define.
Principais benefícios
Driblar a crise econômica no Brasil e ter o retorno
do investimento valorizado pela cotação do dólar, por exemplo, são benefícios
que os brasileiros conquistam ao começar um negócio nos Estados Unidos.
A moeda é forte e estável e de acordo com Leandro, mesmo diante de
adversidades como a pandemia, sem contar o conflito entre Rússia e Ucrânia, reduziram
o interesse de investidores. No mercado de imóveis americano, a reação a crises
como a da Ucrânia não é tão imediata como no acionário. “Um fator determinante
para isso é a política de crédito dos bancos dos Estados Unidos, que ajuda a
alavancar as compras com o financiamento de ativos imobiliários. Enquanto as
instituições financeiras não alterarem a política de crédito, não acredito que
vai ter algum impacto no setor”, pontua.
O CEO da Raise Investor afirma que investir em
imóveis nos EUA pode trazer diversos benefícios para brasileiros que buscam uma
renda passiva. “É uma forma de rentabilizar o capital, proteger o
patrimônio e diversificar a carteira. Seja comprando um imóvel pronto ou se
associando à construção de algum empreendimento, a valorização irá acontecer e
esse empreendedor contará com uma rentabilidade bem interessante”, relata. “Sem
contar que o investidor não precisa necessariamente mudar para os Estados
Unidos para ter negócios imobiliários no país”, completa.
Ele ainda ressalta que embora a oscilação no câmbio
seja algo natural de mercado, historicamente o dólar se valoriza mais do que o
real após corrigida a inflação. Outro ponto relevante para o investidor iniciar
os investimentos em dólar, na prática, “é não tentar adivinhar o melhor dia e
sim fazer diferentes operações que vão trazer um câmbio médio, ou seja,
calcular o câmbio na média das remessas realizadas, para assim, evitar ser
impactado diretamente por uma remessa feita no dia X ou no dia Y”, comenta, em
relação à recente queda da moeda
americana em relação à brasileira.
Mas muito mais que as oscilações comuns e
frequentes no mercado internacional, Leandro ressalta a importância do
investidor ter objetivos claros quando decide investir no exterior.
Leandro Sobrinho - Empreendedor serial no Brasil desde os 22 anos, Leandro Otávio Sobrinho graduou-se em Direito, mas foi empreendendo que se encontrou profissionalmente. Foi proprietário de restaurante, franquias no segmento de moda, escola profissionalizante e investidor imobiliário. Hoje, morando nos EUA, Leandro conseguiu adaptar seu modelo de gestão em diferentes segmentos a uma empresa de investimentos e incorporadora de imóveis. Atuando na Flórida com foco no público local americano e residentes.
Instagram raise.investidor
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