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quinta-feira, 7 de outubro de 2021

O que explica tantas IPOs em meio a crise econômica?

Especialista em investimentos comenta que a baixa taxa de juros é o principal fator para o número recorde de novos IPOs na B3

 

A bolsa brasileira vive um momento especial: o grande número de novos IPOs em 2021. Segundo o especialista em investimentos da iHUB, Guilherme Ammirabile, esse fato vem chamando atenção dos  investidores brasileiros e estrangeiros. “Até o mês de agosto deste ano, foram mais de 40 novas empresas listadas na bolsa, contra 25 em todo o ano de 2020, quase o dobro”, comenta. 

Faltando quatro meses para o fim de 2021, já é possível cravar que as ofertas públicas estão em seu melhor ano na história. A contagem deste ano supera o antigo recorde de R$53,6 bilhões de 2007, quando 60 empresas realizaram IPOs. Como ainda há outras companhias aguardando para terem suas ações lançadas na bolsa, é possível chegar às mesmas 60 IPOs de 2007 até dezembro.

Ammirabile explica que o “boom” dos IPOs foi impulsionado pela baixa taxa de juros vigente no Brasil em anos recentes. “Nos últimos meses, pudemos ver a baixa taxa de juros, que obrigaram os investidores a buscar novas alternativas de investimentos. Com isso, a bolsa ganhou novos investidores e, de certa forma, uma evolução está acontecendo nesse mercado. O resultado disso é o grande número de IPOs”, comenta o especialista em investimentos. 

Neste momento, os setores que “brilham os olhos” dos investidores são as opções que têm potencial de crescimento, considerados perenes (empresas com grande potencial de crescimento é uma coisa e empresas consideradas perenes seriam outra coisa – ambos têm a preferência do investidor), ou seja, setores mais estáveis, que sofrem pouco em momentos de incertezas, como de saneamento básico.

 

Por que empresas recém listadas na bolsa chamam mais atenção?

A Oferta Pública Inicial (IPO) é a venda de uma fatia da empresa para o mercado. O intuito da venda de parte da empresa é captar recursos e, assim,  ter uma margem para realizar novos investimentos estratégicos a curto prazo. 

O momento do IPO é o primeiro passo deste projeto, portanto, é o estágio em que a empresa terá menor valor de mercado, já que o planejamento feito é considerando que os novos investimentos trarão uma valorização em breve. 

“Antes de começar a investir em qualquer IPO, é importante entender o business da companhia, números, quais os planos para os recursos levantados pelo IPO, e principalmente os fatores de risco”, explica Ammirabile. 

Guilherme alerta dois cuidados que devem ser  tomados pelos investidores quando algum IPO estiver em “alta”: 

  1. Não investir em empresas que iniciam na bolsa com o valuation (valor da empresa) caro;
  2. Para mitigar esse risco, o investidor deve analisar e interpretar os dados divulgados no prospecto - principal documento da emissão; 
  3. Procure ajuda de um especialista para auxiliar.

 

Qual a importância dos IPOs na carteira do investidor?

Teoricamente, o IPO é o menor preço que uma empresa teria. Então,  no longo prazo espera- se uma valorização, pois é a primeira oportunidade que as pessoas têm de investir em determinada empresa. 

É recomendado que o investidor faça uma avaliação sobre o setor da empresa, se é promissor ou não. Além de identificar as vantagens competitivas da companhia. Caso seja um business disruptivo, e tentar mensurar onde a empresa irá chegar no futuro.

“Ressalto, no entanto, que a relação oferta e demanda tem um peso muito forte, no início da jornada da empresa na bolsa. Então, é muito comum vermos uma grande volatilidade nesse momento”, finaliza o especialista em investimentos. 

 


Guilherme Ammirabile - assessor de investimentos da iHUB

 

iHUB Investimentos

 https://ihubinvestimentos.com.br/


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