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sexta-feira, 1 de outubro de 2021

No Dia do Idoso, especialistas reforçam importância do combate ao sedentarismo

 Doenças como obesidade, diabetes e problemas ósseos podem ser reduzidos quando há a prática regular de exercícios físicos

 

Hoje, 1º de outubro, é comemorado o Dia do Idoso. A data vem para lembrar os cuidados com a saúde na terceira idade, cuidados que precisam de mais atenção em período de pandemia, com o isolamento e o distanciamento social. O profissional de educação física e especialista em treinamento físico aplicado à saúde e alto rendimento, da Bodytech Brasília, Robson Silva, comenta que os níveis de sedentarismo aumentaram consideravelmente desde o começo da pandemia.

Ele aponta que apesar do novo Coronavírus, o sedentarismo também é uma pandemia, que mata anualmente milhões de pessoas em todo o mundo. "A obesidade e inatividade física aumentam os riscos para doenças crônicas não transmissíveis (hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, câncer, doenças respiratórias crônicas e diabetes). Elas também são responsáveis por um quadro de Covid-19 mais grave", destaca Silva.

O especialista afirma que é com a realização do exercício físico que se melhoram as capacidades físicas que são essenciais para a obtenção e manutenção da saúde. Além disso, a ciência já verificou que indivíduos ativos têm menor chance de um desfecho de morte por COVID-19 e que o exercício físico quando realizado na intensidade adequada pode melhorar a resposta do sistema imunológico, com a publicação de diversas evidências científicas que defendem a prática de exercícios físicos durante a pandemia.

A prática de atividade física nessa fase da vida, é importante porque promove a saúde biopsicossocial. Segundo o profissional, a nível fisiológico, a atividade aumenta capacidades físicas como a força muscular e aptidão cardiorrespiratória, que retardam o processo de envelhecimento e tornam o idoso mais independente para a realização de atividades de vida diária. Além de prevenir e tratar doenças como diabetes e hipertensão arterial porque tem a capacidade de controlar os níveis glicêmicos e de pressão arterial.

No contexto psicológico, há o aumento do fluxo sanguíneo e aporte de oxigênio, melhorando o raciocínio, prevenindo e tratando doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e Parkinson. E nos âmbitos afetivo e social, aumentam a atividade de neurotransmissores como dopamina, endorfina, serotonina, que reduzem os efeitos do estresse e alterações de humor, melhorando as relações pessoais, a autoestima e o convívio social e consequentemente diminui os níveis de ansiedade e os casos de depressão. "Em resumo, a atividade física é crucial para o bem-estar do idoso, atuando como prevenção e o fortalecendo para o tratamento de doenças, além de muitos outros benefícios", conclui.



Saúde óssea

Henrique Mansur, médico ortopedista e especialista em cirurgia de pé e tornozelo, alerta para os cuidados com a saúde óssea do idoso. Para ele, é importante conscientizar a população do risco de quedas e as formas de prevenção, uma vez que as consequentes lesões resultantes, principalmente as fraturas, constituem um problema de saúde pública e de grande impacto social.

"Alguns estudos indicam que 30% a 60% da população com mais de 65 anos caem anualmente, acarretando lesões em 40 a 60% dos casos", alerta. "Nas pessoas com osteoporose, o risco de lesões graves como fraturas do punho e fêmur fica ainda mais elevado, sendo essencial a prevenção delas", acrescenta. Conforme o médico, além disso, mesmo após uma queda sem lesões importantes, é muito comum o idoso perder a confiança na capacidade de caminhar com segurança, causando declínio funcional, depressão, baixa autoestima e isolamento social.


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