Professora e
Coordenadora dos Cursos da área de Administração do Cesuca, Caroline Chagas Prates,
orienta alternativas para mudar o cenário das compras por impulso
Com o isolamento social e poucas alternativas do
que fazer nestes dois anos de pandemia, a população acabou recorrendo ao mundo
virtual como forma de distração, e entre as atividades que cresceram na
pandemia estão as compras pela internet, registrando um índice de 68% de
crescimento, segundo pesquisas*.
Entretanto, grande parte dessas compras registradas
pelos consumidores foram desnecessárias, sem de fato precisarem do item. A
coordenadora dos cursos da área de Administração do Cesuca, Caroline Chagas
Prates, explica que o comércio eletrônico cresceu substancialmente no período
de pandemia, pois acabou sendo uma das únicas alternativas de muitas empresas
continuarem com os seus negócios.
“Isso fez com que houvesse investimentos em redes e
na ambientação das plataformas utilizadas, bem como em marketplace o que tornou
as compras online mais fáceis, práticas e eficientes e, consequentemente, mais
atrativas sendo utilizadas muitas vezes para realização de compras por
impulso”, destaca.
Para organizar essas compras realizadas em excesso
e finalizar o ano com as contas quitadas, a professora do Cesuca apontou
algumas dicas, confira abaixo.
- Entender
o tamanho da dívida e os prazos para pagamento. O primeiro passo é organizar
em uma planilha de Excel ou até mesmo um simples “papel e caneta” todos os
gastos até o momento e prazos de pagamento. O ideal é comparar as entradas
de receitas (renda) com as saídas (gastos), período por período, e se a
conta não fechar, ou seja, gasta-se mais do que recebe-se, deve-se
primeiramente tentar "cortar" o que ainda pode ser cortado.
Ressalta-se também que é indicado que ao menos 30% da renda seja guardada
sempre que possível, para eventuais emergências.
- Renda
Extra. Uma
segunda alternativa para ajudar no momento, é pensar em um aumento de
renda, entre as opções estão vendas de produtos pessoais que não estejam
mais em uso, por exemplo.
- Aplicativos
de comércio eletrônico. Neste momento, os aplicativos e o comércio
eletrônico pode deixar de ser o "vilão" e auxiliar na captação
de renda extra também.
- Evitar
parcelamentos de cartões. O parcelamento do cartão de crédito deve ser
evitado devido as taxas de juros elevadas, o que pode piorar as dívidas
futuras ao invés de auxiliar na quitação
A docente explica ainda as consequências
financeiras dessa nova forma de consumir. “Com a facilidade das compras online
e as estratégias de marketing cada vez mais fortes buscando compreender o
comportamento do consumidor, é necessário que haja um controle dos custos ainda
mais detalhado pelo indivíduo ou família, do contrário, o endividamento
será crescente. O aumento do desemprego aliada ao aumento da taxa de
endividamento remete a um cenário em que muitas vezes o que é prioritário não
poderá ser adquirido em detrimento de aquisições supérfluas”.
Por fim, a professora ressalta também que nos dias
atuais a educação financeira na formação da criança e do adolescente é de
extrema importância para mudar este comportamento de alto índices de
endividamento da população.
“As pessoas precisam aprender desde criança ter o
controle das entradas e saídas e identificar o que realmente é necessário.
Gastos desnecessários causam o endividamento. No momento, as pessoas devem
tentar buscar a felicidade e o prazer no convívio diário com a família, amigos,
colegas de trabalho mesmo que muitas vezes este contato ainda seja virtual.
Invista no que te trará retorno financeiro, como educação e formação
continuada”, finaliza.
*Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de
Comércio Eletrônico (ABComm), em parceria com a Neotrust, sobre compras pela
internet na pandemia.
Centro Universitário Cesuca
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