Mulheres que receberam primeira dose do imunizante da AstraZeneca devem aguardar fim da gravidez e do puerpério para a segunda dose
O Ministério
da Saúde recomenda que as gestantes e puérperas - incluindo as sem fatores de
risco adicionais - que tomaram a primeira dose da vacina Covid-19 da
AstraZeneca/Oxford/Fiocruz aguardem o fim da gestação e do período puerpério
(até 45 dias pós-parto) para completar o esquema vacinal com o mesmo
imunizante.
A
orientação é do Programa Nacional de Imunizações (PNI), após a suspensão
temporária do uso do imunizante para esse público, por recomendação da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Acesse a nota técnica aqui.
Até
o dia 10 de maio, mais de 15 mil grávidas foram vacinadas com o imunizante da
AstraZeneca no Brasil. O evento adverso grave foi registrado no Rio de Janeiro
com possível relação com a vacina.
Gestantes
e puérperas que já receberam a vacina da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz devem
procurar atendimento médico imediato se apresentarem, nos 4 a 28 dias seguintes
a vacinação, algum desses sintomas: falta de ar; dor no peito; inchaço na perna; dor abdominal
persistente; sintomas neurológicos, como dor de cabeça persistente e de forte
intensidade, borrada, dificuldade na fala ou sonolência; ou pequenas manchas
avermelhadas na pele além do local em que foi aplicada a vacina.
ORIENTAÇÕES
O Ministério da Saúde destaca que o benefício das vacinas em
gestantes e puérperas se mantém favorável, considerando que o risco de morte
por Covid-19 no Brasil foi 20 vezes superior ao risco de ocorrência de
tromboses, em 2021.
No
momento, a recomendação da pasta é de que apenas gestantes e puérperas com
comorbidades sejam vacinadas contra a Covid-19. Além disso, devem ser usadas
somente a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, ou a vacina da
Pfizer/BioNTech.
Mesmo
que não tenham doenças pré-existentes, grávidas e puérperas que já tenham
recebido a primeira dose da vacina do Butantan ou da Pfizer, devem completar o
esquema com o mesmo imunizante, no intervalo recomendado de quatro e 12
semanas, respectivamente.
Já
as gestantes e puérperas pertencentes a outros grupos prioritários
(trabalhadoras da saúde ou de outros serviços essenciais, por exemplo), poderão
ser vacinadas após avaliação individual de risco e benefício a ser realizada em
conjunto com o seu médico.
Nathan Victor
Ministério da Saúde
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