Ginecologista comenta os principais tipos de exercícios e as recomendações para a prática segura durante a gravidez
O pré-natal é uma oportunidade crucial para acompanhar a
saúde da mãe e do bebê durante a gestação, além de proporcionar cuidado, apoio
e informação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza algumas diretrizes
para os cuidados que as gestantes devem receber a cada contato com o sistema de
saúde.
Além das orientações sobre uma dieta saudável e nutrição ideal, as atividades
físicas e suplementação corretas também atuam no combate de sintomas
fisiológicos comuns durante a gravidez, como náuseas, dores nas costas e
constipação.
Segundo Evelyn de Souza, ginecologista da Pró-Saúde e com atuação no Hospital
São Luiz, em Cáceres (MT), a atividade física é de grande importância para a
saúde da mulher. “Os exercícios diminuem as dores na hora do parto e nas
costas, fortalecem a musculatura e favorecem o parto normal”, destaca.
A especialista ressalta que a gestante deve ser avaliada por um profissional de
saúde antes de começar qualquer atividade. “Com as orientações corretas tudo
encaminha para uma gravidez tranquila”, diz.
A OMS também recomenda suplementação de ferro, ácido fólico e outros nutrientes
que devem ser individualizados de acordo com a saúde de cada gestante. Isso
evita doenças que podem impactar na saúde da mulher e do bebê na gestação, como
anemia materna, sepses puerperais, baixo peso e prematuridade.
Entre as práticas de exercícios físicos durante a gravidez, as mais comuns
são:
Caminhada: ideal para mulheres que eram sedentárias
antes de engravidar; recomenda-se de três a quatro vezes por semana;
Pilates: melhora a respiração, frequência cardíaca,
alonga e fortalece os músculos e é ótimo para a postura;
Yoga: promove o alongamento, a respiração e não possui
impacto nas articulações. Além disso, ajuda a recuperar a energia, relaxar,
melhorar a circulação e postura, evitando as dores na lombar típicas nesse
período, principalmente, durante as últimas semanas da gravidez;
Musculação leve: as grávidas que já faziam musculação antes de engravidar e que
tinham um bom condicionamento físico, podem fazer exercícios de musculação, mas
devem diminuir a intensidade dos exercícios para evitar sobrecarga da coluna,
joelhos, tornozelos e assoalho pélvico.
“É importante ressaltar que as atividades físicas também ajudam a diminuir a
ansiedade, liberam serotonina e endorfina, além de melhorar a circulação da
placenta, permitindo que o bebê receba mais oxigênio e nutrientes”, destaca a
ginecologista.
Pré-Natal
O Ministério da Saúde recomenda que a mulher deve realizar ao menos seis
consultas durante os nove meses de gravidez, sendo uma no primeiro trimestre,
duas no segundo trimestre e três no terceiro trimestre, além de uma sétima
consulta no puerpério (até 42 dias após o parto) – e esta agenda deve ser
mantida mesmo neste período de pandemia.
Além disso, o pré-natal é essencial para detectar qualquer intercorrência com o
feto, como malformações ou doenças congênitas, algumas delas ainda em fases
iniciais, permitindo o tratamento intrauterino e proporcionando ao
recém-nascido uma vida perfeitamente saudável.
Referência em gestações de alto risco, a maternidade do Hospital São Luiz,
unidade gerenciada pela Pró-Saúde, faz parte da história da região de Cáceres,
sendo responsável pela maioria dos nascimentos da população local.
A unidade vem recebendo investimentos para fortalecer a assistência dedicada às
parturientes, como a aquisição de novos equipamentos e recentes
reestruturações, que visam proporcionar mais conforto às gestantes e fortalecer
o vínculo entre mãe e bebê.
As práticas adotadas pelo São Luiz foram reconhecidas pelo Unicef (Fundo das
Nações Unidas para a Infância) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde), por
meio do selo Amigo da Criança, concedido pela IHAC (Iniciativa Hospital Amigo
da Criança) aos hospitais que realizam o cumprimento dos 10 passos para o
sucesso da amamentação.
O São Luiz é referência ainda no atendimento em Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) Neonatal, ginecologia e pediatria para 22 municípios do oeste
mato-grossense e até mesmo para algumas cidades do país vizinho, a Bolívia.
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