No acumulado do ano, em comparação com mesmo período de 2020, número de óbitos caiu de 1510 para 1451
De
acordo com os novos dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado
gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP, o Estado de São Paulo
registrou queda de 3,8% no número de fatalidades de trânsito nos quatro
primeiros meses de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado.
No
primeiro quadrimestre de 2021 foram contabilizados 1452 óbitos por acidentes de
trânsito, contra 1510 entre janeiro e abril do ano passado. Com relação aos
acidentes com vítimas, houve um aumento de 4,7%, passando de 52.200 casos em
2020 para 54.648 em 2021.
“Melhorias
da infraestrutura viária somadas ao trabalho de educação para o trânsito que
desenvolvemos contribuem para que ano a ano os números de acidentes fatais
sejam reduzidos”, destaca o presidente do Detran.SP, Neto Mascellani.
Meios
de transporte
No período, a
maior redução nas fatalidades foi referente aos acidentes envolvendo ciclistas,
que caíram 22,5%, de 138 em 2020 para 107 em 2021. Também se verificou uma
queda significativa de 18% nos óbitos de pedestres, que passaram de 378 no ano
passado para 310 em 2021. As ocorrências com ocupantes de motocicletas se
mantiveram estáveis (568 em ambos os períodos) e as que abrangem passageiros de
automóveis aumentaram 5,7%, de 336 em 2020 para 356 em 2021.
Sobre
o programa Respeito à Vida
Programa do Governo do Estado de São Paulo, atua como articulador de ações com foco na redução de acidentes de trânsito. Gerido pela Secretaria de Governo por meio do Detran.SP, envolve ainda as secretarias de Comunicação, Educação, Segurança Pública, Saúde, Logística e Transportes, Transportes Metropolitanos, Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Econômico e Direitos da Pessoa com Deficiência.
O Respeito à Vida
também é responsável pela gestão do Infosiga SP, sistema pioneiro no Brasil,
que publica mensalmente estatísticas sobre acidentes com vítimas de trânsito nos
645 municípios do Estado. O programa mobiliza a sociedade civil por meio de
parcerias com empresas e associações do setor privado, além de entidades do
terceiro setor. Em outra frente, promove convênios com municípios para a
realização de intervenções de engenharia e ações de educação e fiscalização.
Diversas
medidas têm sido adotadas para reduzir a mortalidade relacionada nas rodovias
do Estado de São Paulo. Entre elas, algumas de maior impacto podem ser
destacadas.
Velocidade
no atendimento
A redução no tempo de atendimento às vítimas de acidentes pode reduzir a mortalidade em até 60%. Em rodovias, esse aspecto é ainda mais relevante, dado os tempos naturalmente dispendidos entre o deslocamento da equipe de resgate até o local do acidente e, em situações mais graves, dali para o hospital mais próximo. Os socorristas chamam esse período crítico de “A Hora de Ouro”, que é absolutamente relevante para as estatísticas de salvamentos de acidentes de trânsito.
Iluminação em trechos urbanos
Estudos
indicam forte redução de mortalidade em trechos urbanos de rodovias que foram
iluminadas. Um estudo que reuniu resultados de 50 pesquisas referentes ao
impacto sobre os acidentes da iluminação em vias previamente não iluminadas
concluiu pela de redução de 60% em acidentes fatais nessas áreas.
Cinto
de segurança no banco traseiro
Uma pesquisa realizada pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP) em rodovias concedidas indicou, em 2019, que em torno de 10% das pessoas não usam o cinto de segurança nos bancos dianteiros e 30% no banco traseiro. Essa prática é de extrema importância e vem sendo estimulada por meio de campanhas educativas e fiscalização, uma vez que estudos indicam redução de mortalidade em torno de 25% para ocupantes do banco traseiro e 45% para os bancos dianteiros.
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