Marcella Carvicchioli, parceira especialista da Care Plus, também alerta sobre os cuidados necessários para evitar a hiper conexão
É tempo de conectar. A
correria, a ansiedade e os prazos apertados a todo momento desafiam a nossa
rotina para que tudo se encaixe e consigamos resolver as demandas do dia a dia.
Considerando tudo isso, já parou para pensar como é a organização diária para
uma pessoa com Síndrome de Down?
As necessidades de cada
pessoa exigem que todos ao redor se adequem a uma nova rotina e novas
perspectivas.
É necessário entender que
somos seres únicos e cada individualidade deve ser respeitada; colocar-se no
lugar do outro, viver o presente e compreender que todos devemos ter
oportunidades e tratamentos igualitários. Para que o tema da inclusão seja
tratado de forma genuína, precisamos buscar uma transformação de olhar,
perceber as diferenças, apoiar as famílias e contribuir para a formação de uma
sociedade mais conectada e igualitária.
Marcella Carvicchioli da Care
Plus, comenta: “Precisamos pensar que alguém com Síndrome de Down é uma
pessoa, tem necessidades, tem vontades, tem emoções, e tudo isso deve ser
respeitado e acolhido, como com qualquer outra pessoa. Tratar de forma igual é
um passo importante para que ela não se sinta nem excluída nem com regalias.
Por isso, ela deve participar das atividades e brincadeiras e, se necessário,
com as adaptações que surgirem para facilitar os acessos (exemplo: linguagem
mais clara, respeitar o tempo de processamento e resposta para uma ação – não
apressar a pessoa para que faça ou responda logo).”
Na pandemia, a
conectividade pode se tornar uma aliada
Crianças aprendem
brincando e necessitam de contato para se inserir ao mundo. Com a pandemia,
isso acaba se tornando restrito e é afetado; porém, é importante que os pais
estejam atentos ao tempo que as crianças passam em contato com os eletrônicos,
já que isso pode causar dificuldades no sono, na alimentação, gerar mais
ansiedade, atraso motor ou de fala, entre outros problemas.
A especialista revela:
“Temos alguns aplicativos que são desenvolvidos para auxiliar no aprendizado
das crianças e adolescentes, principalmente em relação ao desenvolvimento da
linguagem e fala. Um muito conhecido na área é o “SofiaFala”, criado a partir
do interesse de uma família com uma criança portadora de Síndrome de Down em
parceria com a USP. Existem diversos aplicativos que trabalham memória,
pareamento, identificação de sons, aprendizado de letras, números, cores,
animais etc.”.
Sobre os cuidados com a hiper conectividade, é
essencial que os pais analisem a idade de seus filhos para entender a real
necessidade do uso da tecnologia. Além disso, hábitos como controlar a
quantidade de horas que a criança fica na frente das telas, observar o conteúdo
a que essa criança tem acesso e atrelar as idades recomendadas para cada jogo
são muito importantes e podem evitar problemas maiores, inclusive ansiedade.
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