Setor registra nono mês consecutivo de crescimento
O total de pessoas
empregadas com carteira assinada na cadeia da saúde suplementar continua
crescendo e atuando como um motor da economia. Em março deste ano, o saldo do
emprego no segmento foi responsável por cerca de 22% do total da economia, com
mais de 39 mil novas vagas formais de trabalho. De acordo com o Relatório de
Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde, divulgado pelo Instituto de Estudos de
Saúde Suplementar (IESS), este é o nono mês consecutivo com saldo positivo no
setor.
José Cechin,
superintendente executivo do IESS, reforça que a saúde suplementar tem sido a
grande propulsora da criação de empregos nessa cadeia. "Dos 4 milhões e
488 mil de empregados em março deste ano, 3,5 milhões eram vínculos do setor
privado com carteira assinada, o que equivale a 78%", comenta. "Para
se ter uma ideia, só no mês de março, o segmento privado teve saldo positivo de
46,5 mil vagas, enquanto o público registrou queda de 7,3 mil vagas",
reforça o executivo.
Esse montante é
resultado do crescimento de 3,3% em relação a dezembro de 2020. Na mesma comparação
trimestral, o mercado de trabalho do país registrou alta de 3,2%. Isso porque a
economia voltou a mostrar sinais de melhora com desempenho positivo nos três
meses da comparação.
O boletim ainda
mostra que a região Sudeste continua com a maior quantidade de empregos em
saúde, com 2,2 milhões no total, entre público e privado. Já as regiões onde a
saúde mais cresceu foram Nordeste e Norte, ambas com taxas de 4,5% em 3 meses.
Nessas duas regiões, o crescimento também foi alavancado pelo setor privado, sendo
que no Nordeste, a alta dos empregos privados foi 7,0%, contra 4,3% na média do
Brasil. A esfera pública apresentou redução nas regiões Nordeste, com queda de
1,2%, e Centro-Oeste, com 0,5%.
Cechin acredita que
os números indicam a importância do setor para a recuperação da economia
nacional e geração de emprego formal. "É esperado que em um cenário de
lenta recuperação do emprego e da economia como um todo, enquanto atravessamos
uma crise sanitária, a cadeia produtiva da saúde continue expandindo as
contratações e agindo como um importante motor para o país", analisa.
Os prestadores de
serviços respondem pela maior parte do crescimento no mês de março desse ano,
com mais de 59 mil novas vagas, seguido por Fornecedores, que registraram 13,2
mil novos postos e Operadoras, com saldo de 2,3 mil empregos.
Setor público
O relatório reforça
a tendência de queda do emprego público em saúde puxada pelas vagas federais.
Enquanto o resultado total da saúde estadual registrou crescimento de 0,2% e o
municipal cresceu 0,6% em relação a dezembro de 2020, a esfera federal teve
queda de 2,4% no mesmo período.
Vale lembrar que não
existe no Brasil uma base de dados que disponibiliza o total de pessoas
empregadas no serviço público municipal na área de saúde. O IESS está
levantando informações do emprego na saúde nos sites de cada prefeitura. Até o
momento o Instituto conseguiu dados de 292 municípios, cuja população
representa 55,8% da população nacional.
A íntegra do boletim
pode ser acessada por meio do link http://bit.ly/Emprego_IESS
Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS)
Nenhum comentário:
Postar um comentário