Especialistas refletem sobre o equilíbrio entre saúde física e mental
Segundo a pesquisa "Is It Possible to Be Happy during
the COVID-19 Lockdown? A Longitudinal Study of the Role of Emotional Regulation
Strategies and Pleasant Activities in Happiness", o poder de adaptação do
ser humano permite o sentimento de felicidade nos contextos mais complexos. O
levantamento, publicado na "International Journal of Environmental
Research and Public Health", analisou o papel desempenhado por duas
estratégias de regulação emocional em participantes residentes da Espanha, em
dois períodos distintos: antes da pandemia da COVID-19 e durante o lockdown. A
análise foi feita por meio de testes e perguntas. Os resultados dão algumas
pistas para entender as estratégias de regulação emocional do ser humano.
Assim, fica claro que a felicidade é uma questão atrelada à sobrevivência, e
possível, mesmo em momentos como a pandemia.
Para Rodrigo Mafaldo, neurocirurgião da Clínica
Leger, o equilíbrio é a chave para a felicidade, especialmente durante a
pandemia. "Clinicamente falando, felicidade são picos, oscilações, e para
que você possa ter oscilações, você precisa estar com seu organismo em
homeostase", explica. Segundo o médico, a homeostase é o equilíbrio do
organismo e a liberação de um neurotransmissor em especial, a dopamina, tem uma
grande influência nesse processo. Sua presença é crucial para garantir a
motivação para as tarefas diárias, desde as mais banais, como comer, até
atividades complexas, como o trabalho e atividades físicas.
"As pessoas que não conseguiram se adaptar a esta nova
realidade do isolamento social acabam sofrendo em seu dia a dia, prova disto é
o aumento do quadro de depressão além do uso abusivo de álcool, medicamentos e
ansiolíticos. É preciso estar disponível para práticas de atividades físicas e
até sociais em casa, como produção de atividades familiares em conjunto. A
inteligente emocional é preciso ser ativada, a interação, mesmo que reduzida ao
núcleo familiar deve ser estimulada", completa.
O que parecia ser uma temporada breve, agora não tem data
certa para acabar, e a complexidade da situação já tem afetado também a saúde
física de muitas pessoas. "Se colocarmos a atividade física como um compromisso
do nosso dia, com um grau de importância semelhante ao trabalho ou alimentação
saudável, então mesmo um intervalo pequeno de tempo, pode ser usado para
treinar", garante a endocrinologista e nutróloga Gabriela
Camargo, que também atende na Clínica Leger, pacientes que buscam
manter o equilíbrio emocional através de um estilo de vida físico e
nutricionalmente saudável. Para a médica, a melhor atividade física é aquela
que traz o benefício do exercício com algum nível de prazer, para que a gente
se sinta estimulado a repetí-la.
"Assim como alimentação saudável, atividade física não
deve ser uma obrigação, atribuindo a ela um caráter impositivo. Vale lembrar,
que inúmeros estudos científicos já demonstraram o benefício de atividade
física para o controle de condições como depressão, ansiedade, síndrome do
pânico, insônia", avalia a especialista.
http://www.clinicaleger.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário