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quinta-feira, 13 de maio de 2021

Como manter a saúde mental, sensorial e emocional? Beto Colombo, filósofo clínico e autor bestseller dá dicas para diminuir o stress e aumentar a qualidade de vida

Com o isolamento social, quase todos nós tivemos que moldar o ritmo de nossas vidas a uma nova realidade. Muitas pessoas se declaram ansiosas com o momento que estamos vivendo, de incertezas e grandes expectativas com o presente e também com o futuro "Até quando isso tudo vai durar" ? Beto Colombo, filósofo clínico, escritor, autor bestseller, dá dicas práticas para preservar a saúde mental e administrar da melhor forma as nossas questões existenciais. Em seu novo livro, ‘Todo Caminho é Sagrado’, publicado esse mês pela Editora Gente, Beto nos traz essa reflexão, de respeitar seu próprio caminho e não se ater somente a materialidade e a razão. O autor nos oferece um olhar de quem já foi massacrado por uma rotina intensa quando empresário, e que escolheu desacelerar e ir em busca de um bem-estar existencialmente, a ostentar uma vida de sucesso corporativo, que para alguns é sinônimo de felicidade. Uma pesquisa feita pelo Instituto Sul Catarinense de Filosofia Clínica em 2019, com 2.208 executivos aponta que a principal causa da ansiedade corporativa vem das pessoas que vivem no mundo das ideias.

 

1- Conecte seu corpo a mente para desacelerar o pensamento

Saia um pouco do mundo das ideias. Com o isolamento social, desenvolvemos a tendência de ficar idealizando muito as coisas, pensando mais e agindo menos. Sendo assim, busque conectar a mente ao corpo por meio de trabalhos manuais e exercícios físicos. Faça uma caminhada de contemplação, observe tudo ao seu redor, se atenha aos detalhes que te rodeiam, sinta o aquecer do sol, a brisa, os sons perto e longe, ouça o cantar dos pássaros, diminua o passo. Quanto melhor for a qualidade dessa caminhada, mais rápido vamos voltar a corporeidade, desacelerando o pensamento.


2- Respeite o tempo das coisas.

A ansiedade, na grande maioria das vezes, é gerada por pessoas que vivem no futuro. Essas pessoas costumam acelerar a mente para chegar naquela busca que está elaborando. Ilustro esse conceito com uma das lições que o Caminho de Santiago me ensinou: não adianta uma pessoa querer concluir o caminho em vinte dias, ou então, uma semana. É até possível, mas a pessoa se machucaria demais, ou então, precisaria de ajuda. Vale a pena? É a mesma coisa com os marcos da nossa vida. Tudo a seu tempo. A ansiedade pode vir disso, o corpo respondendo que nós não estamos bem, que precisamos diminuir o nosso ritmo.


3- Confie no seu caminho

Há quem diga que ainda não encontrou um caminho na vida. Porém, essas podem ser pessoas que se perderam de si, querendo dar uma resposta à sociedade. Elas provavelmente vivem pautadas na opinião alheia, e acabam pagando um preço muito alto, já que a sociedade exige sempre mais e mais. Pode ser que lá, na sua históricidade, esteja a resposta e o caminho que se busca. Um recomeço sempre é possível, as vezes a resposta pode estar na sua intuição.


4- Não seja um escravo da razão

No meu novo livro, ‘Todo Caminho é Sagrado’, eu falo muito sobre respeitar a nossa intuição, e não se deixar guiar tão somente pela razão, pelo que é lógico. Nós vivemos em uma sociedade que dá muito valor às coisas e se esquece da humanidade, preferindo dar ouvido somente à razão, a lógica, aos números. Quantas pessoas deixaram de seguir uma profissão que se tem afinidade para escolher uma carreira que seja mais rentável? Pois bem, me parece que essas pessoas não estão respeitando o sagrado caminho que foi dado para elas. Então em ‘Todo Caminho é Sagrado’, eu falo de respeitar aquilo que nós somos, e não ser um escravo da razão. O livro trata disso, do desapego de cargos, de coisas, de pessoas, de pensamentos, da ditadura da razão.

 

 

Beto Colombo

@ofilosofoperegrino

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