Doença afeta cerca de 7,5% da população da capital paulista e é considerada uma comorbidade em tempos de novo coronavírus. O dispositivo ajuda para que a condição não se agrave em um cenário de pandemia.
O Brasil conta mais de
13 milhões de brasileiros vivendo com diabetes. Deste total, estima-se que 7%
dependam do uso rotineiro de insulina como forma de tratamento e controle da
doença.1 Com eles, são milhares de famílias convivendo com uma
doença crônica em um dia a dia que exige cuidado intenso e atenção redobrada
com a alimentação, a prática de atividade física e a disciplina na manutenção
do tratamento, especialmente em tempos de pandemia do novo coronavírus. 2
Na cidade de São
Paulo, em 2018, a prefeitura estimou que 7,5% da população, aproximadamente 900
mil pessoas a partir dos 18 anos, vivam com a doença.3 Um estudo da
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) mostrou ainda que entre nove capitais do
País, três com as maiores incidências de diabetes ficam no estado de São Paulo.
São elas: São Carlos, Ribeirão Preto e São Paulo capital, respectivamente. 4
É pensando nesses
pacientes e suas famílias, e no complexo contexto da pandemia, que surge a
campanha "Caneta da Saúde", uma iniciativa de saúde pública e
fruto da soma dos esforços e da parceria entre a Associação de Diabetes Juvenil
(ADJ), Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD) e da Novo Nordisk,
além de contar com o apoio da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e do Conselho
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS). O objetivo é informar e
educar a população sobre as vantagens das canetas preenchidas de insulina,
estimulando o uso do recurso que está disponível no Sistema Único de Saúde
(SUS), em todo o Brasil, para pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2,
preferencialmente acima de 50 anos e menores de 19 anos.5
Considerada um dos
dispositivos mais modernos para o tratamento da doença, a caneta preenchida de
insulina é uma importante aliada para o controle do diabetes, reduzindo
episódios de hipoglicemia e possíveis hospitalizações decorrentes desta
complicação.4,5
Diferente das
seringas, que precisam de frascos e ampolas, e com a agulha mais fina e curta,
causando menos desconforto na aplicação, a "Caneta da Saúde" já vem
preenchida com insulina e seletor de dose, o que garante maior precisão,
oferecendo menos risco de erro na aplicação. Além disso, pode ser transportada
com facilidade e manuseada com praticidade pelas pessoas com diabetes, seus
cuidadores e familiares.5,6 "O diabetes não é uma
condição individual. Trata-se de algo muito presente na vida de milhões de
famílias. Neste novo cenário delicado de pandemia, há pessoas que estão no grupo
de risco e podem desenvolver as formas mais graves da doença", explica a
endocrinologista e diretora médica da Novo Nordisk, Priscilla Olim Mattar.
A campanha
Por se tratar de uma
iniciativa de utilidade pública, a campanha "Caneta da Saúde"
tem abrangência nacional e contará com diversas iniciativas no ambiente digital
e presenciais. No site http://www.canetadasaude.com.br,
dedicado à campanha, a população encontrará informações e orientações sobre o diabetes,
o uso de insulina, as vantagens e benefícios da utilização da caneta preenchida
de insulina, além de um conteúdo que desmistifica inúmeras "fake
news" sobre a doença e seu tratamento. Há também uma área destinada aos
profissionais da saúde, com um exclusivo e-book e orientações técnicas sobre a
utilização das canetas preenchidas de insulina no SUS.
Ao longo de três
meses, um caminhão circulará pelos estados de São Paulo (Capital, Campinas e
Ribeirão Preto), Rio de Janeiro (Capital e São Gonçalo), Bahia (Salvador e
Feira de Santana), Minas Gerais (Belo Horizonte e Uberlândia), Paraná (Curitiba
e Londrina) e Paraíba (João Pessoa e Campina Grande), distribuindo kits de
orientação e esclarecendo dúvidas da população em frente a algumas Unidades
Básicas de Saúde (UBS) dessas cidades.
Na capital paulista, o
caminhão percorrerá as ruas da cidade entre os dias 24 e 25 de maio, entre das
9h às 19h, no intuito de reforçar a importância do dispositivo na capital mais
populosa do país. Nestes dias, o caminhão poderá ser encontrado nos arredores
das UBS Joamar, que fica na Rua Adauto Bezerra Delgado, 240 - Parque Casa da
Pedra-SP.
Já no ambiente
digital, a campanha contará com muito conteúdo no Facebook e Instagram , além de ação
especial com influenciadores digitais e celebridades que têm diabetes ou que
tenham algum familiar com a doença. O objetivo é contar com a ajuda desse público
na disseminação de informações corretas sobre a utilização das canetas
preenchidas de insulina e, principalmente, destacar que o recurso é gratuito e
distribuído pelo SUS. A campanha também conta com um filme especial que explica
as vantagens da "Caneta da Saúde", que será veiculado nas principais
redes de TV, como Globo, SBT, Record e Bandeirantes, em todo o País.
Diabetes em tempos de
Covid
A pandemia do novo
coronavírus desponta no cenário como preocupação extra. Já se sabe que pessoas
com diabetes não estão mais suscetíveis a se contaminar se tomarem os
cuidados recomentados pelas autoridades de saúde. No entanto, estando no grupo
de risco, elas são sim mais susceptíveis a desenvolver as formas mais
graves da doença quando o diabetes não está devidamente controlado.7Um
tratamento adequado controla os picos glicêmicos evitando, por consequência,
emergências médicas neste momento tão delicado da história mundial.1
Recentemente, pesquisadores descobriram que não só o diabetes é uma
comorbidade, o que pode agravar o caso de um paciente com coronavírus, como
também pode ser uma consequência tardia para aqueles que contraíram o vírus e
se recuperaram.7 Ou seja, pesquisadores já trabalham com a hipótese
de que o novo coronavírus possa ter como consequência um quadro de diabetes.8
Esses elementos tornam a campanha "Caneta da Saúde" ainda mais
significativa em um momento de escassez de informações sobre o novo
coronavírus, com sobrecarga dos profissionais de saúde das unidades médicas e
com o isolamento social.
O diabetes no Brasil
No mundo, o Brasil
ocupa o 5º lugar entre os países com maior número de pessoas com
diabetes por milhão de habitantes. Se nada for feito, essa tendência não deve
melhorar até 2045.9Complicações decorrentes do diabetes também estão
entre as principais causas de morte no Brasil.9
Por isso, preocupados
com este cenário, setores público e privado estudam formas de diminuir as
mortes entre as pessoas com diabetes e de melhorar sua qualidade de vida, bem
como reduzir os custos associados ao diabetes.10
Boas notícias em
números
Embora as canetas
preenchidas de insulina estejam no mercado desde 1985, foi só em 2018 que elas
foram incluídas no SUS, ampliando o alcance de tratamento para populações mais
vulneráveis e colocando pela primeira vez na história a tecnologia na malha de
saúde pública.10
Essa tecnologia
demonstrou melhorar a qualidade de vida de pessoas com diabetes e reduzir as
emergências hospitalares em diversos estudos nacionais e internacionais.2,4Por
exemplo, 90% dos usuários de caneta afirmam precisar de menos
assistência para aplicar a insulina, 64% das pessoas com diabetes que
adotaram a caneta apresentaram menos episódios de hipoglicemia. 11
Já um estudo entre médicos dos Estados Unidos mostrou que 97% deles
acreditam que a aplicação de insulina com a caneta é melhor do que o uso de
frascos, seringas e ampolas.12 E, na Itália, Estados Unidos e
Irlanda, 90% das pessoas com diabetes consideram as canetas mais
discretas, mais rápidas e fácies de usar. 13, 14,15
Para mais informações acesse: Caneta da Saúde
Referências
1Sociedade brasileira
de Diabetes, em http://www.diabetes.org.br/publico/diabetes/oque-e-diabetes
2Pesquisa Abril Veja
Saúde -Novo Nordisk , em http://saude.abril.com.br/blog/futuro-do-diabete/um-mapa-dos-desafios-para-os-pacientes-que-usam-insulina-e-familiares/
3Prefeitura de São
Paulo, em http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/noticias/?p=267420#:~:text=No%20munic%C3%ADpio%20de%20S%C3%A3o%20Paulo,Multidisciplinar%20de%20Atendimento%20ao%20Diabetes
4 Sociedade Brasileira
de Diabetes em, http://www.diabetes.org.br/profissionais/images/SBD-_Dados_Epidemiologicos_do_Diabetes_-_High_Fidelity.pdf5Ministério
da Saúde, PORTARIA No 08, DE 15 DE MARÇO de 2018
6Novo Nordisk, em http://www.novonordisk.com/about/our-products.html
7Revista The Lancet, em
http://www.thelancet.com/journals/landia/article/PIIS2213-8587(20)30315-6/fulltext
8Proportion of newly
diagnosed diabetes in COVID-19 patients: A systematic review and meta-analysis http://dom-
pubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/dom.14269
9Federação
Internacional de Diabetes (IDF), em http://www.diabetesatlas.org/en/
10Ministério da Saúde,
PORTARIA No 08, DE 15 DE MARÇO de 2018
11Schawartz et al.J Clin
Res. 2007;10:1
12Lee et al. Clin Ther.
2006;28(10):1712-25
13Bohannon et al. Clin
Ther. 2000;22(9):1049-67
14Murray et al. Diabetic
Med. 1988;5(8):750-4
15 Coscelli et al.
Diabetes Res Clin Pract. 1995;28(3):173-7.
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