Aproximadamente 4 milhões de pessoas têm Asma Grave no Brasil. E, nesse grupo, há 1 milhão de casos nos quais a doença não está controlada
A doença afete cerca de 20 milhões de cidadãos, é
a quarta causa de internação no país e todo ano leva à morte 2 mil pessoas,
segundo dados do estudo da revista SAÚDE, com o apoio da Associação Brasileira
de Alergia e Imunologia (Asbai), da Sociedade Brasileira de Pneumologia e
Tisiologia (SBPT) e da Fundação ProAr "Asma na Visão e na Vida dos
Brasileiros". E ainda, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),
cerca de 300 milhões de pessoas sofrem de asma no mundo. No Brasil, o Ministério
da Saúde indica que a doença é responsável por 400 mil internações
hospitalares.
Dra. Maura Neves otorrinolaringologista da ABORL-CCF explica que a
asma é caracterizada pela inflamação dos brônquios, sem cura, as primeiras
crises asmáticas costumam se manifestar na infância, uma vez que a doença conta
com fatores genéticos e ambientais, como fumaça, poluição, pelo de animais de
estimação, poeira e acúmulo de brinquedos e livros no quarto da criança.
"Os asmáticos têm brônquios hipersensíveis e
esses fatores ambientais, assim como o ar frio e seco do Outono e Inverno,
atuam como elementos irritantes aos brônquios, que inflamam e provocam falta de
ar, dificuldade para respirar, sensação de aperto no peito, chiado e
tosse", enumera a especialista.
Quando tratada adequadamente e sem interrupção,
os sintomas e limitações da asma são controlados, garantindo qualidade de vida
e nenhum impacto na rotina do paciente. "A inconstância ou desistência do
tratamento de qualquer alergia respiratória, especialmente da asma, são extremamente
prejudiciais para o paciente. A base do tratamento da asma envolve o uso
continuado de medicamentos com ação anti-inflamatória, com destaque para os
corticosteroides inalatórios, mais conhecidos pela população como
"bombinha"". Conclui Dra. Maura.
Por ser administrado via inalatória, a dosagem de
corticoide é pequena e fica depositada dentro dos brônquios, ou seja, não entra
em contato com a corrente sanguínea, deixando o paciente isento de ganho de
peso ou de problemas no coração. Em casos mais graves, há os imunobiológicos
que, de acordo com a fisiopatologia da doença, atuam como bloqueadores dos
efeitos inflamatórios da asma.
O paciente precisa ser orientado desde o diagnóstico para
entender que se trata de uma condição inflamatória crônica, ou seja, que requer
tratamento prolongado.
Dra. Maura Neves
Otorrinolaringologista
Clínica MEDPRIMUS
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