A fome no Brasil um problema antigo que está cada vez mais presente no dia a dia da população
A fome é uma realidade para milhares de pessoas no
Brasil e no mundo e com a crise causada pela pandemia do coronavírus esse
problema está significativamente aumentando
Fome provém da falta de alimentos que atinge um
número elevado de pessoas no Brasil e no mundo. Apesar dos grandes avanços
econômicos, socias, tecnológicos, a falta de comida para milhares de pessoas no
Brasil continua. Atualmente cerca de 32 milhões de pessoas não tem acesso ao
alimento, esse processo é resultado da desigualdade de renda e desigualdade
social.
O Brasil é o maior país da América do Sul em área
territorial e a maior economia da América Latina e suas diversidades climática
favorece uma terra fértil capaz de produzir excedentes alimentares suficientes
para toda população. O alimento é um direito de todos, mas diante de uma
sociedade capitalista que privatiza tudo tirando o direito á alimentação das
pessoas deixando-as em uma miséria total, em outras palavras que tem direito a
uma alimentação digna passa a ser aqueles que têm poder de compra.
Quatro de cada dez famílias não tem acesso a
quantidade e qualidade de comida. Isso demostra que essa parcela da população
precisa limitar o tipo ou a porção dos alimentos que vão á mesa, ou até passar
a fome.
Segundo os dados das últimas Pesquisa de Orçamentos
Familiares do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) realizada
em julho de 2017, último censo, mostra que a situação de fome piorou, os
números são extremamente elevados, tendo em vista a extensão territorial do
país que a apresenta grande potencial agrícola.
Em média 15 pessoas morrem por dia de fome, ao todo
até o último apontamento feito pelo IBGE, 5.653 pessoas morreram por
desnutrição no Brasil. O Ministério da Cidadania fez em 2018, o Mapeamento da
Insegurança Alimentar e Nutricional (MAPA InsAN). Os dados mostram que em média
427.551 crianças com menos de cinco anos que são atendidas pelo Bolsa Família
tinham algum grau de desnutrição que é medido de acordo com o déficit de peso
por idade ou altura.
Para o Dr Caitano Neto presidente da Osead Brasil,
ONG sem fins lucrativos que visa a inclusão social, valorizando a vida dos
seres humanos, relata como é olhar para esse problema e a dificuldade de
conseguir arrecadações para ajudar as regiões precárias: ”Acredito que o
problema da fome está longe de acabar. Mesmo com programas sociais, federais e
estaduais o problema da fome não é solucionado, se fazendo presente em
pequenas, médias e grandes cidades. A fome no Brasil é um problema antigo e sua
origem está ligada as extremas desigualdades do país, poisa forma em que se
concentra a extrema riquezas nas mãos de poucos, mantém uma grande parcela da
população na pobreza, aumentando os índices. O Nordeste é uma das regiões
onde o problema está maior concentrado, seguido da região Norte, já no Maranhão
mais de 60% da população tem dificuldades para se alimentar, seguido de Piauí,
Amazonas e Pará.
As Ongs têm papel fundamental nesse panorâmico em
ajudar essa parcela da população que passa por dificuldades alimentares, mas é
muito difícil conseguir ajuda financeiras nesse momento, até mesmo antes da
pandemia as arrecadações já eram bem escassas, mas mesmo assim conseguia suprir
necessidade. É importante olhar para o papel fundamental das ongs em penetrar
em ambientes de difícil acesso principalmente do governo, para efetuar papel de
ofertar o apoio rápido e eficiente a população carente.”
O IBGE classifica o problema em três níveis
nomeados de “níveis de insegurança alimentar” são eles: Leve quando existe a
preocupação com a quantidade e com a qualidade dos alimentos. Moderada existe
limitação na quantidade de alimentos. Grave quando existe a fome decorrente da
real falta de alimentos.
Representando os dados do DATASUS em média 6.371
mortes por ano e 17 mortes por dia decorrente de complicações de desnutrição,
um número equivalente entre os anos de 2008 e 2017, conforme o ultimo dado de
registro de 63.712 mortes ao todo.
Observando o Brasil a partir de 1980 até a
atualidade nota-se a preocupação que os governantes têm em combater a fome no
país, ora criando programas, ora modificando-os, sempre com o mesmo objetivo.
Durante os últimos anos, aumentou o fornecimento de energia elétrica, tendo um
considerável aumento de produtos alimentícios e de um enorme crescimento
industrial, mas pouco disso serviu para combater a pobreza.
Em 2014, o país estava vencendo a guerra contra a
fome, ocasionado pelos autos investimentos governamentais em beneficio de
pequenos produtores rurais e políticas que incluíram a criação de um Conselho
Nacional de Segurança Alimentar Nutricional (CONSEA), desenvolvida em parceria
com a sociedade civil.
Entretanto a situação vem deteriorando desde 2015
em decorrência da crise econômica. Em 2018, o número de pessoas em situação de
fome aumentou em 100 mil (para 5,2 milhões) devido ao aumento acentuado nas
taxas de pobreza e desemprego e a cortes radicais nos orçamentos para
agricultura e proteção social.
A pandemia da Covid-19 somou-se a essa combinação,
as medidas de distanciamento social adotadas para conter a disseminação do
vírus, evitar o colapso do sistema público de saúde, o fechamento dos estabelecimentos
e das linhas de produção agravaram a crise econômica. O governo federal não tem
apoiado as pessoas mais vulneráveis no enfrentamento da pandemia, apenas 10%
distribuído de ajuda financeira prometida a trabalhadores e empresas pelo
Programa de Apoio ao Emprego de Emergência (PESE), foi distribuído. Com as
grandes empresas obtendo mais benefícios do governo do que trabalhadores deixa
evidente a falta de preparo a assistência emergencial a população mais
vulnerável.
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