Autocrata, liberal
ou motivador? Que perfil de liderança é o ideal? Existe um perfil de liderança
ideal? Veja o que diz o especialista em recolocação executiva Marcelo Arone,
que identificou 7 tipos de liderança e qual o melhor caminho para engajar
pessoas.
Marcelo Arone, Headhunter e Coach de Carreira,
especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH, 12 anos de
experiência no mercado de capital humano, explica: “existem várias escolas que
falam sobre a liderança, que enumeram os tipos de líderes e que analisam os
resultados de sua atuação nas equipes”. Existe algum mais certo do que outro?
“Não”, enfatiza Arone, “pela minha experiência, o que vejo é que podemos
avaliar quais tipos são mais comuns e quais funcionam mais para os dias de
hoje, especialmente na transição pós-pandemia”.
Arone identifica, em sua trajetória de recolocação
profissional de lideranças, 7 tipos de líderes que mais aparecem no mercado
brasileiro. Acompanhe:
Liderança centralizadora/autocrática
Esse é o pior tipo de líder, sem dúvida. O cara
autoritário, que decide sozinho, que toma a decisão por si próprio sem ouvir
seus pares ou subordinados. Infelizmente, ainda tem uma parcela bem grande da
chefia nas empresas que age dessa forma.
Liderança liberal
O líder liberal também decide, na maioria das
vezes, por si, mas ele permite que a equipe opine, que trabalhe em conjunto as
decisões, então ele já descentraliza um pouco a tomada de decisão.
Liderança democrática
Esse tipo de líder permite que todos sejam ouvidos,
pede opinião, e toda decisão é mais colegiada e baseada no senso comum.
Liderança motivadora
Aqui, temos o líder que consegue engajar, deixar a
equipe super comprometida com o objetivo e com a cultura da empresa e com o que
é necessário para o momento.
Liderança paternalista
Esse é o líder paizão. Um clássico no mercado
nacional, é o líder que faz o papel de pai, que ajuda, que inclusive, muitas
vezes, faz parte da formação das pessoas da equipe. O líder paternalista nem
sempre pode ser um bom líder sob o aspecto técnico, mas ele é tão querido pela
equipe, tem uma empatia tão grande com as pessoas, que as pessoas trabalham por
ele.
Liderança técnica
O líder técnico é o cara que manja muito do
produto/serviço/solução/segmento em que trabalha. Ele é tão técnico, fala com
tanta propriedade sobre o assunto, que as pessoas passam a respeitá-lo pelo
conhecimento que tem. Não necessariamente é o melhor líder na questão da
gestão, mas ele entende do que faz e, por isso, conquista.
Liderança carismática
O cara empata, que consegue se enxergar no outro e
que é tão carismático, não só com a equipe, mas também com as outras áreas da
empresa afins ao seu trabalho, que ele consegue ter uma boa liderança sobre seu
time.
Apesar de listar esses sete perfis, Marcelo Arone deixa bem claro que a melhor liderança não está somente no perfil em si. “Primeiro, eles nem sempre andam sozinhos, muitas vezes, se misturam e mais: pode ser que um funcione mais para uma empresa do que outro, por exemplo”. A grande questão, segundo Arone, é que todos eles, sem exceção, precisam convergir para a liderança PELO EXEMPLO.
O chefe que não FAZ, que não mostra como quer o
andamento do trabalho, vai ser muito mais difícil de ser seguido, porque ele
cria uma barreira entre ele e sua equipe. Uma coisa é dizer: “vai lá e faz”,
outra é dizer “vamos fazer”. Arone instiga: “qual dessas frases você gostaria
de ouvir?”. Ele já falou, há algum tempo, em um de seus artigos, sobre o chefe
camisa 10.
“Essa analogia com o futebol, para mim, faz muito
sentido. O cara que é o melhor capitão é sempre aquele que, no momento em que
precisa, vai fazer para levar a equipe junto. Ou seja, não adianta ele ser um
líder carismático, mas não saber delegar, ou ser um líder democrático, mas não
saber exatamente como fazer o que pede”, afirma o headhunter. “O melhor líder
ainda é aquele que se torna mais resiliente e criativo com o tempo e com as
crises, e que, no final das contas, inspira pela ação”, finaliza.
Marcelo Arone - Headhunter, especialista em
recolocação executiva e sócio da OPTME RH, com 12 anos de experiência no
mercado de capital humano. Formado em Comunicação e Marketing pela Faculdade
Cásper Líbero, com especialização em Coach Profissional pelo Instituto
Brasileiro de Coaching, Marcelo já atuou na área de comunicação de empresas
como Siemens e TIM, e no mercado financeiro, em empresas como UNIBANCO e AIG
Seguros. Pelo Itau BBA, tornou-se responsável pela integração da área de Cash
Management entre os dois bancos liderando força tarefa com mais de 2000
empresas e equipe de 50 pessoas. Desde então, se especializou em recrutamento
para posições de liderança em serviços, além de setores como private equity,
venture capital e empresas de Middle Market, familiares e brasileiras com
potencial para investidores. Já entrevistou em torno de 8000 candidatos e
atendeu mais de 100 empresas em setores distintos.
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